segunda-feira, 20 de junho de 2011

CANSAÇO FAZ CÉREBRO FICAR ACORDADO E ADORMECIDO AO MESMO TEMPO!



Se você já se martirizou por não saber onde guardou as chaves ou os óculos, e acha que é distraído ou esquecido demais, pense melhor: isto pode ser apenas um sinal de que está precisando dormir.

Esta é a conclusão de um estudo feito com camundongos, que sugere que o cérebro cansado pode adormecer por uma fração de segundo, mesmo que esteja funcionando ativamente.

As consequências disto são grandes, principalmente para pessoas executando tarefas para as quais a falta de sono pode ser perigosa, alertam os autores da pesquisa.

"Mesmo antes que você sinta a fadiga, há sinais no cérebro de que você deveria interromper certas atividades que exijam um estado alerta", explica Chiara Cirelli, professora de psiquiatria da Universidade de Wisconsin, em Madison.
"Grupos específicos de neurônios podem adormecer, com consequências negativas para a performance da atividade", acrescentou.

O estudo, publicado na revista britânica "Nature", desafia o senso comum de que a falta de sono afeta o cérebro inteiro.

TEORIA

A teoria convencional se baseia na observação de eletroencefalogramas, que revelam os padrões de atividade elétrica nos neurônios --mas possuem algumas limitações.

Seus eletrodos são posicionados no couro cabeludo, o que significa que captam melhor o sinal dos neurônios próximos ao crânio em relação àqueles que ficam nas camadas mais profundas do cérebro --e, essencialmente, resumem a atividade de centenas de milhões de neurônios, e não conseguem analisar células isoladamente.

Para contornar esta limitação, Cirelli e seus colaboradores inseriram sondas ultrafinas dentro do cérebro de 11 camundongos adultos para monitorar a atividade elétrica em subgrupos de neurônios no córtex motor, que é responsável pela coordenação motora "semiautomática".

Os roedores foram mantidos acordados durante quatro horas além do horário em que normalmente vão dormir, com a ajuda de objetos novos introduzidos na gaiola para mantê-los interessados --e ativos.

O monitoramento cerebral mostrou que, mesmo quando todas as aparências indicavam que os animais estavam acordados e ativos, neurônios nestas áreas específicas não estavam funcionando --em outras palavras, partes do cérebro permaneceram adormecidas enquanto outras continuavam despertas.

"Mesmo quando alguns neurônios pararam de funcionar, as medições cerebrais através do eletroencefalograma indicavam, de maneira geral, que as cobaias estavam acordadas", diz Cirelli.

Estes episódios de "sono localizado" afetaram o comportamento dos camundongos, segundo os cientistas.

Os animais foram treinados por duas horas para realizar uma tarefa complicada: segurar uma bolinha de açúcar com uma única pata.

Mas quanto mais cansados ficavam, mais difícil para os roedores se tornava o trabalho. Eles começaram a deixar cair as bolinhas, ou então não conseguiam pegá-las quando oferecidas.

Era necessário que alguns poucos neurônios "saíssem do ar" por um terço de segundo para que as falhas ocorressem, destaca Cirelli em um comunicado sobre a pesquisa.

"Dos 20 neurônios que acompanhamos durante um experimento, 18 permaneceram acordados", explica. "Nos outros dois, havia sinais de sono, com alternância entre períodos breves de atividade e períodos de silêncio".

NÚMERO DE HORAS DORMIDAS PODE ENVELHECER PRECOCEMENTE O CÉREBRO!



As poucas ou muitas horas de sono interferem diretamente no envelhecimento --ou não-- do cérebro.

Em média, o número de horas indicado é de sete horas diárias, sem intervalos e no período noturno, para manter a mente saudável mesmo em uma idade mais avançada. Isso é o que afirma um estudo do Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da Universidade College London, no Reino Unido.





O benefício de se dormir durante sete horas foi mais notado entre as mulheres. Elas pontuaram melhor em testes de vocabulário, memória, fluência e raciocínio. Entre os homens, saíram-se bem quem dormia de seis a oito horas.







A pesquisa, que cobriu um período de cinco anos e envolveu 5.431 pessoas com idade entre 35 e 55 anos, também mostra que dormir mais ou menos do que essa média de sete horas ocasionaria problemas a longo prazo --ou o mesmo que um envelhecimento precoce do cérebro de quatro a sete anos.








A notícia ruim para os dorminhocos é que mais horas de sono causam perdas aceleradas para o cérebro. Em testes aplicados com voluntários, os que dormiam muito foram mal em testes de memória.

"Pensamos que isso pode ser causado pelo sono fragmentado, o que significa que, embora essas pessoas fiquem muito tempo na cama, elas não estão necessariamente tendo um sono de qualidade", diz Ferrie.









Por outro lado, quem também dormiu menos de seis horas por noite, durante cinco anos, apresentou o mesmo resultado ruim. Ou seja, segundo o estudo, o limite mais apropriado para o corpo humano é o de sete horas bem dormidas.









Segundo a coordenadora do estudo, mais investigações são necessárias para se entender exatamente como as mudanças nos padrões de sono agem nas funções cognitivas dos adultos e se outras condições, como a depressão, também tem um papel nesse processo.

HILLARRY DISCUTE VETO A MULHERES NO VOLANTE COM MINISTRO SAUDITA


A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton --defensora acirrada dos direitos das mulheres-- discutiu com o ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita a questão da proibição de mulheres na condução de veículos no reino, informou o Departamento de Estado dos EUA nesta segunda-feira.
Hillary conversou com o chanceler saudita, o príncipe Saud al Faisal, na sexta-feira (17) sobre uma série de questões regionais, segundo a porta-voz do Departamento de Estado Victoria Nuland.



Mulher saudita olha para fora de veículo em Jeddah; Hillary discute proibição às mulheres no volante


"Durante a discussão, eles conversaram sobre o Iêmen e a Síria, e o tema das mulheres ao volante foi levantado", disse Nuland.
Grupos de defesa dos direitos civis têm pressionado Hillary a exercer sua influência para combater a proibição de mulheres sauditas ao volante, que vem sendo desafiada nas últimas semanas por mulheres que se arriscaram a ser presas para conseguirem dirigir.

Nuland se negou a dar maiores detalhes sobre a conversa de Hillary com o príncipe Saud, mas disse que sua abordagem "relativamente branda" ao tema não significa que a secretária de Estado o veja como algo pouco importante.
"Acho que ela está avaliando a melhor maneira de apoiar os direitos universais das mulheres", disse Nuland. "Há momentos em que faz sentido fazer isso publicamente, e outros momentos em que o melhor é exercer diplomacia discreta."

"A secretária vem fazendo um pouco de diplomacia discreta sobre esse tema, assim como vêm fazendo muitas outras pessoas."

Aliada-chave dos EUA em assuntos de segurança e importante fornecedora de petróleo para o país, a Arábia Saudita é uma monarquia absoluta que aplica uma versão austera do islamismo sunita. A polícia religiosa patrulha as ruas para implementar a segregação pública entre homens e mulheres.

Além de serem proibidas de dirigir, as mulheres na Arábia Saudita precisam da aprovação por escrito de um tutor do sexo masculino para poderem viajar para fora do país, trabalhar e até mesmo ser submetidas a determinadas cirurgias.