quinta-feira, 26 de abril de 2012

A FÉ QUE FAZ VOCÊ ENXERGAR NO NADA ALGUMA COISA


(II Rs 4.1-6)


Existem circunstancias na vida que nos vemos  totalmente a mercê de algo sobrenatural, dependendo de um milagre para caminhar, para sobreviver para ter alguma razão para continuar lutando.

Quem nos dá um grande exemplo de fé e de superação é a viúva de um dos obreiros do profeta Eliseu. Sua capacidade de argumentar sem reclamar, de pedir sem pressionar e de testemunhar em meio a calamidade por seu marido, nos faz pensar na importancia da FÉ para vencer. 

Na minha opinião o milagre naquela família já começou com a atitude sábia da mulher procurar o profeta de Deus e compartilhar uma situação aparentemente sem saída: LUTO, DÍVIDAS E AMEAÇAS. A partir daí o processo vai ampliando e a fé sendo evidenciada na narrativa do texto. Primeiro, ela clamou a Eliseu: “meu marido teu servo morreu, e tu sabes que ele temia ao Senhor”. Ela salienta para início de conversa a qualidade principal do seu marido: TEMOR A DEUS!.





Aquela viúva evidentemente estava enfrentando um alto grau de dilema e dor na sua vida, além de ter que lidar com o luto da perda de seu esposo, o qual ela testemunhava seu temor e submissão, ela ainda tinha que enfrentar a insegurança de uma situação que corria o risco de perder a maior herança, seus dois filhos. Ora naquela época, a legislação era que se não tinha bens para honrar a dívida, as pessoas; jovens eram levados como escravos para serem vendidos.


Apesar de estar numa situação totalmente desvantajosa, a viúva respeita a memória de seu marido que era obreiro e suplica ao homem de Deus uma atitude. Para o profeta Eliseu, foi outra dificuldade: “Que poderei eu fazer?...” No entanto Deus cria a oportunidade para o milagre quando o impulsiona a perguntar: “O que é que tens em casa?”, Uma pergunta aparentemente absurda dada à situação de uma herdeira de dívidas prestes a perder os filhos, se a execução da dívida tinha chegado na possibilidade de tomada dos filhos, é porque não havia nada de valor que pudesse ser aproveitado. No entanto, Deus aproveita-se das coisas que não são para confundir as que são. “Tua serva não tem NADA… a não ser UMA BOTIJA DE AZEITE. “Ora, do nada para o azeite, já foi um longo trajeto de fé”!






Portanto, o grande passo para o milagre é sempre ENXERGAR ALÉM, é vê no pouco ou no nada, alguma coisa que Deus aproveite para fazer o tudo. O nome disso é FÉ, enxergar no NADA alguma coisa, e isto está na Bíblia: Ora, a FÉ é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem. (Hb 12.11). (grifo nosso)


O profeta Eliseu manda que a mulher peça vasos emprestados a vizinhança, ora só se empresta alguma coisa para quem tem TESTEMUNHO, se você não confiar ou saber que não voltará o objeto do empréstimo, com certeza você não correrá o risco, a menos que queira dar a fundo perdido. No entanto aquela mulher era digna de confiança e pediu muitos vasos, tais vasos vazios foram os instrumentos para o depósito do milagre. 

Por fim há MULTIPLICAÇÃO do azeite, através de um trabalho conjunto da mulher com os seus filhos (as causas principais de sua busca pela superação do problema) e ao acabar as vasilhas o azeite cessa, e ela vai ao homem de Deus testemunhar o ocorrido, um outro ponto relevante nesta mulher é sua prudencia e paciencia em ter um tesouro em casa, e ir primeiro contar ao profeta o milagre, recebendo do mesmo a palavra final para a comercialização do óleo.

Ora, isso mostra também sua gratidão. A gratidão é uma atitude fundamental para àqueles que usufruem da providencia divina.

Para concluir gostaria de lembrar a você apenas alguns exemplos de situações na Bíblia em que foi percebido alguma coisa através dos olhos da fé, para enxergar além das circunstancias:
Que tal, Cinco pães e dois peixes para alimentar um multidão de mais de cinco mil? Ou um exercito enorme cercando o profeta Eliseu e Geasi? A saída? “Abre os seus olhos Senhor para que ele veja: Maior é o que está conosco!”E outros e outros…

Quem sabe você lembre de alguma vez que os teus olhos procuraram alguma coisa onde não parecia haver nada, e Deus fez você enxergar ALÉM, e ,se ainda não, creia que Ele tem poder para lhe surpreender.

Que a graça de Deus inunde o nosso olhar, e o nosso entendimento para não ficarmos embaraçados com o NADA e sim enxergarmos pelo menos um pouco, o que será o ingrediente principal da FÉ que opera o milagre.

Dos meus Arquivos

O FUNDIDOR E PURIFICADOR DE PRATA







 


  
Malaquias 3:3 diz: “E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata...” Esse versículo bíblico intrigou algumas mulheres de um estudo bíblico e elas ficaram pensando o que essa afirmação significava em relação ao caráter e a natureza de Deus. Uma delas se ofereceu para descobrir sobre o processo de refinamento da prata para o próximo estudo bíblico.

Naquela semana, a mulher ligou para um ourives e marcou um horário para assisti-lo trabalhar. Ela não mencionou a razão do seu interesse e só disse estar curiosa para conhecer o processo.

 

Então a mulher foi assisti-lo no dia e hora marcados. Ele pegou um pedaço de prata e o segurou sobre o fogo, deixando-o esquentar. Ele explicou que, no refinamento da prata, é preciso que se segure a mesma bem no centro da chama, onde é mais quente e queimam-se as impurezas.


A mulher pensou sobre Deus, que, às vezes, nos segura em situações “quentes”, e pensou novamente no versículo: “E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata…” Ela perguntou para o artesão se ele tinha mesmo que ficar sentado o tempo todo na frente do fogo enquanto a prata estava sendo refinada. Ele disse que sim; que não somente tinha que ficar lá, segurando a prata, mas que ele tinha também que manter seus olhos na mesma o tempo todo que ela estivesse nas chamas, pois se a prata ficasse um minuto a mais no fogo, seria destruída.



A mulher ficou em silêncio por um momento. Então, ela perguntou: “Como você sabe quando a prata está totalmente refinada?”.


Ele sorriu e disse: “Ah, isso é fácil… É quando eu vejo minha imagem nela”.

Se hoje você está sentindo o calor do fogo, lembre-se que os olhos de Deus estão sobre você e que Ele vai ficar cuidando de você até que Ele veja Sua imagem em você!



Créditos à: de Cleucí Hedlund para Você

segunda-feira, 23 de abril de 2012

CHEGOU A VEZ DAS MULHERES





Consolidação da presença feminina no pastorado leva à busca por novos modelos de liderança.

Por Vanessa Portella (http://tinyurl.com/25b6g5w)


Desde os tempos em que cabia às mulheres a exclusiva tarefa de ficarem em casa, cuidando dos afazeres domésticos e dos filhos, elas é maioria nas igrejas. Basta visitar um culto para se ter a impressão de que as mulheres são muito mais numerosas que os homens nas igrejas. Mas só há relativamente pouco tempo têm tido acesso ao local de mais destaque no templo: o púlpito. Ultimamente, o ministério feminino tem ganhado força, num mundo onde cada vez mais as mulheres se destacam. Em mais e mais igrejas evangélicas – tradicionais pentecostais ou neopentecostais –, a figura das pastoras, diaconisas, presbíteras e até bispas já se tornou rotineira, situação bem diferente do que ocorria no passado, quando ao gênero feminino eram reservados cargos de menor visibilidade, como cuidar de crianças ou lecionar na Escola Dominical. A Igreja Evangélica brasileira chega à segunda década do século 21 com uma face mais feminina do que nunca.


Segundo as estatísticas da organização Servindo Pastores e Líderes (SEPAL), quase 60% dos crentes brasileiros são mulheres. E, embora ninguém goste de assumir qualquer discriminação, é fato notório que a membresia feminina demorou bastante para sair das posições eclesiásticas periféricas e conseguir ascender à liderança. Mas que fique claro que não foi uma transformação consciente, planejada – como acontece com a maioria das mudanças de natureza social, a revolução feminina evangélica é parte de um todo. “
A Igreja passou a responder às necessidades da sociedade e essa mudança de paradigma se deu na medida em que a sociedade abriu-se para a liderança feminina nas mais diversas áreas”, diz o missionário Luís André Bruneto, coordenador de pesquisas da organização Servindo Pastores e Líderes (SEPAL).



O pesquisador situa tal metamorfose num passado recente. “Essa abertura à mulher ocorre nas décadas de 1970 e 80, e vai se refletir na Igreja principalmente nos anos 90, exatamente a época em que a Igreja brasileira mais se pulverizou e cresceu”, aponta. O surgimento de milhares de novas congregações evangélicas, fenômeno religioso contemporâneo no país, é uma explicação. “Isso se deu devido à necessidade de líderes que a própria Igreja possui”, acrescenta Bruneto. E as mulheres foram naturalmente pondo a mão no arado.


Agora, essa Igreja chega à segunda geração de líderes mulheres perguntando-se o que elas têm de melhor a oferecer. Embora, naturalmente, ainda haja muitas resistências à liderança de saias – e o Novo Testamento, de acordo com a ótica da interpretação, pode tanto legitimar como rejeitar o pastorado feminino –, diversas igrejas já se utilizam do trabalho das obreiras há bastante tempo. Denominações tradicionais como a Metodista e a Luterana adotam tradicionalmente o pastorado feminino, franqueando às mulheres até cargos de direção em suas organizações. Outras, como a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) – esta, de linha avivada –, têm nas suas origens a marcante presença feminina. Foi a canadense Aimee Mcpherson que fundou a organização, em 1923, nos Estados Unidos. Hoje, a Quadrangular está em mais de uma centena de países, inclusive no Brasil, onde é uma das dez maiores denominações evangélicas.


Essa participação da mulher é ativa, fluente e expressiva”, concorda a coordenadora nacional das Mulheres Quadrangulares, Mara de Barros Flores. “Já está provado que temos a capacidade, o amor e a unção necessários para o crescimento da Igreja”. Ela acredita que as denominações que rejeitam a participação feminina efetiva em cargos de liderança estão perdendo tempo. “A ajuda feminina que é ativa, fluente e expressiva”. Na IEQ, mulheres atuam em todas as funções eclesiásticas, chegando a ocupar 50% do ministério. E não basta ser simplesmente casada com um pastor – a candidata ao púlpito precisa seguir os trâmites estatutários e ter o mesmo estudo e preparo dos colegas de terno. “Além, claro, do chamado, da vocação e da liderança necessárias para estar à frente de uma igreja como pastora titular.”


Sonia do Nascimento Palmeira, presidente da Confederação de Mulheres da Igreja Metodista do Brasil, cita o exemplo de Marta Watts, primeira missionária da denominação a chegar ao Brasil, para destacar a importância do protagonismo feminino na obra de Deus. A obreira, vinculada à Sociedade de Missões Estrangeiras das Mulheres da Igreja Episcopal do Sul nos Estados Unidos veio com a tarefa de educar crianças e moças. No mesmo ano, fundou o Colégio Piracicabano, em Piracicaba (SP), que hoje é conhecido como Centro Cultural Marta Watts. Criou ainda um colégio em Petrópolis (RJ) e outro em Belo Horizonte (MG), colaborando sempre com as mulheres para que tivessem acesso à educação num tempo em que este direito lhes era constantemente negado. A ênfase nestes estabelecimentos era “ministrar uma educação liberal às moças para que seu horizonte intelectual e espiritual se ampliasse, preparando-as para agir com independência”, conforme o lema do Marta Watts.


“Proveito” – Sonia considera lamentável que ainda existam igrejas dominadas apenas por homens. “Vejo isso como um equívoco muito grande, pois a Palavra de Deus ensina exatamente o contrário. Jesus valorizou as mulheres. Elas foram criadas da mesma forma que os homens, com todo o potencial que eles têm também”. Para ela, o direito de exercer papel de destaque é tanto dos homens como das mulheres. “Na nossa Confederação, estamos preocupadas como Marta Watts esteve um dia, em impulsionar as mulheres de hoje a buscarem cada vez mais o seu lugar na Igreja e no mundo”, explica.


Tal lugar, segundo a psicóloga Isabelle Ludovico, deve passar necessariamente por qualidades tipicamente femininas, como a doçura e a afetividade. Em seu novo livro, O resgate do feminino, ela diz que o ambiente competitivo acabou roubando das mulheres aqueles aspectos comportamentais que sempre as diferenciaram dos homens, com consequências na qualidade da vida afetiva e espiritual – e que isso precisa ser revisto. “As mulheres assumem muitas atividades na igreja, e isso é movido por sua paixão pelo Reino de Deus”, diz (veja Entrevista abaixo).

“A participação da mulher em posições de liderança trouxe muito proveito para a Igreja”, endossa o pastor Carlos Barcelos, da Igreja Batista do Morumbi, em São Paulo. “Considero importante o olhar feminino, que contribui para a ampliação de percepções dos vários problemas que uma comunidade pode enfrentar”. Defensor do mérito, independentemente do gênero, Barcelos diz que o papel a ser exercido pela mulher na igreja depende de suas capacidades e habilidades. “Toda posição de liderança, seja preenchida por um homem ou mulher, demanda do líder o cultivo de uma vida cheia do Espírito, pois as decisões tomadas afetam a vida de muitas pessoas”, pondera. Por isso mesmo, acrescenta, a mulher não deve deixar de lado suas características para sentir-se aceita. “Quando a mulher pretende agir como homem, está no caminho da falha.”


O pastor sugere um reestudo hermenêutico do texto bíblico de I Timóteo 2.11, que comumente é usado para justificar uma suposta posição secundária da figura feminina no contexto da Igreja. Para ele, a expressão “ficar em silêncio” deve ser entendida num contexto de disputa por autoridade, inclusive sobre o homem. “Toda situação em que o homem se retrai e a mulher entra no espaço deixado por ele costuma trazer problemas sérios”, analisa. Às mulheres com destaque na igreja, Barcelos aconselha, sobretudo, que se submetam àquilo que o Espírito Santo lhes indicar. “Isso não pode ser contrário ao que a Bíblia ensina e nem uma bandeira reivindicando posições. Se determinada Irma tem convicção de um chamado, trabalhe com paciência até que surja a oportunidade de pô-lo em prática”.


Exercício dos dons – Blanche Bruno, pastora de missões e aconselhamento da Igreja Cristã Casa da Rocha, acha que o mais importante é o exercício dos dons para abençoar a congregação. “O Espírito é o mesmo que age em todos, mas Deus criou a mulher com sensibilidades particulares”, diz a obreira. “Nossos mecanismos de percepção são diferentes dos homens, e por isso o papel feminino, tão importante na família e no trabalho, também o é no âmbito da igreja”. Blanche, que juntamente com o marido, José Bruno, eram bispos na Igreja Renascer em Cristo até o ano passado, acredita que a igreja não funciona por causa dos cargos que as pessoas nela ocupam, mas pelo cumprimento do chamado de seus membros. “Quando isso acontece, cada um está no seu devido lugar, seja homem, seja mulher”.


A jovem Alyne Romeiro, assistente pedagógica e membro da Igreja Cristã da Trindade, avalia como seria uma igreja sem a participação de mulheres na liderança. Ela atua no ministério de louvor e organiza eventos para os jovens em sua igreja e acredita que Deus chama a cada um individualmente, independente do sexo. “Uma igreja sem mulheres à frente, seria uma igreja de poucas atividades, criatividade e talvez alguns detalhes passariam despercebidos. “Deus nos fez criativas, mais emocionais, preocupadas com detalhes, mais ouvintes, temos maior facilidade em abrir mão de nossas coisas.” Alyne não consegue se imaginar sentada, sem fazer nada. Não só pelo fato de ser filha de pastor, mas sim pelo fato de ser cristã. “É como se eu fosse devedora. Se quiser que todos sejam alcançados por essa graça, preciso trabalhar para isso e trabalho por amor e gratidão ao Senhor”, declara.


A valorização que Cristo fez da figura feminina é lembrada por Lia Casanova, ligada ao
Ministério Desperta Débora, como principal endosso a uma participação cada vez mais ativa da mulher na obra de Deus. . “Tenho firme convicção de que Deus nunca se agradou da forma como a mulher passou a ser tratada ao longo da história, por isso Jesus se deu ao trabalho constante de mostrar aos homens como devemos ser consideradas”, advoga. Ligada a um movimento nacional de oração integrado exclusivamente por mulheres, ela lembra o exemplo de grandes mulheres de fé na Bíblia, como Maria, a mãe de Jesus, e Madalena, que não negou seu Mestre nem nos momentos de maior perigo. “Nós somos feitas por Deus e devemos nos colocar em suas mãos para que possa nos usar para seu serviço e sua glória quando, onde e como quiser.”


(No final dessa matéria na revista Cristianismo Hoje, há uma entrevista com o diretor do SBPV. Em uma de suas respostas, ele argumenta que o título não é importante, pastora, e sim o pastoreio. Mas, argumento eu, porque os homens podem ser pastores, título, e exercer o pastoreio e mulheres só podem exercer o pastoreio? Nas mulheres, a legitimação da função é considerada orgulho e nos homens obediência à vontade de Deus. É pena que a revista não tenha buscado outras opiniões).


A CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA, CBB, ACEITA PASTORAS.




Por que a Convenção Batista Brasileira não aceita mulheres como pastoras? Essa é uma pergunta recorrente cuja resposta nem sempre é a verdadeira. Dia desses respondi o questionário de um seminarista, que inclusive já havia entrevistado o diretor executivo da convenção batista do seu estado, que havia afirmado que a CBB não aceita pastoras. As perguntas e as respectivas respostas, que elucidam algumas dúvidas, estão a seguir:





1. Nós Já Temos 120 Pastoras Nas Igrejas Batistas do Brasil. O Que a Senhora Acha?







R. – Já somos mais de 140 pastoras e acredito que muitas outras pastoras serão ordenadas porque Deus continua chamando mulheres e as igrejas têm aberto as portas para que elas possam exercer seus ministérios. 





2. Mesmo Sem a Autorização da Convenção Batista, as Pessoas Continuam Ordenando Pastoras. O Que a Senhora Acha no Futuro, digo, daqui a cem anos.




Rp. A conclusão está errada. A Convenção Batista Brasileira aceita pastoras. Foi aprovado em 1999, em Serra Negra, um parecer em que a CBB reconhece que quem ordena pastoras (ou pastores) é a igreja. A CBB entende que ordenar pastores/pastoras é uma questão da igreja local e não da estrutura da CBB, tanto que eu, por exemplo, tenho, como pastora, uma coluna em O Jornal Batista (Caminhos da Mulher de Deus). Se a CBB fosse contra eu não escreveria no Jornal oficial da denominação. Portanto, se a igreja quer ordenar uma pastora a CBB não interfere e também não acha que isto é contra os princípios da CBB. Quem não aceita o ingresso das pastoras é a OPBB que é um órgão auxiliar e, mesmo assim, temos um grupo de pastoras que já tem a sua inscrição na OPBB, isto é, têm a carteira da OPBB. Acho que daqui a cem anos, e muito antes disso, esse assunto será tão normal quanto termos diaconisas em nossas igrejas hoje.




3. Os Batistas Ingleses Ordenam as Pastoras. Os Norte-Americanos Não. O Que a Senhora Pensa Disso?




R. Olha, os norte-americanos aceitam pastoras. Quem não aceita é a Convenção do Sul, o que é uma parte somente dos batistas dos EUA. Muitas outras convenções batistas daquele país aceitam pastoras. Os batistas ingleses já têm pastoras há muitas décadas. Acredito que a resistência ao ministério das pastoras é estritamente cultural, a uma discriminação de gênero, que permeia toda a nossa sociedade. Hoje, uma grande parte dos líderes mundiais aceitam pastoras.  TRÊS QUARTOS DOS LÍDERES MUNDIAIS ACEITAM PASTORAS. Este artigo versa sobre o resultado surpreendente de uma pesquisa realizada com os 4.500 líderes evangélicos mundiais que participaram do Terceiro Congresso de Lausanne realizado na África do Sul, em outubro de 2010: 75% desses líderes acham que as mulheres podem ser admitidas no ministério pastoral, contra apenas 20% que acham que não. Então o mundo mudou e o pensamento a respeito das pastoras também.





4. Quando da Organização da Primeira Igreja Batista Pelos Missionários Norte-Americanos, As Mulheres não podiam falar na Igreja. Em nossos dias as Mulheres são Pastoras. O que a Senhora acha do Futuro?




R. Isso foi há mais de 150 anos. Naquele tempo não havia diaconisas, líderes de igrejas, a eclesiologia era outra e a teologia estava em outro estágio. Hoje as mulheres são líderes nas igrejas independentemente de serem pastoras ou não. Hoje há uma compreensão maior, um novo olhar teológico a respeito do papel das mulheres na liderança de igrejas.




5. Os Homens Jovens Solteiros Não Podiam Ser Pastores e Agora Podem. E as Mulheres Não Podem Ser Pastoras. O Que a Irmã Acha Disso?


Café da Manha com Pastoras e Lideres de Mulheres
africafol.com

R. As mulheres podem ser pastoras. O pressuposto está errado. Há uma resistência de uma parcela de pastores e igrejas. Tanto que já temos mais de 140 pastoras. E a CBB não é contra. Elas somente não podem ingressar na OPBB, ainda. Reafirmo que essas resistências não são teológicas, mas culturais.





6. Suas Conclusões

R. Minha conclusão é que o ministério pastoral feminino é uma realidade irreversível. Todos os seminários, de todas as denominações, preparam as mulheres para o ministério, reconhecendo que Deus vocaciona as mulheres também. A resistência é somente ao título de pastoras porque grande parte destas vocacionadas, na prática, exerce o ministério pastoral nas igrejas. Por isso que reafirmo que é uma questão de gênero, de preconceito cultural. À medida que essas barreiras forem sendo vencidas na sociedade, também as venceremos na igreja. Se os pastores, especialmente, fossem mais ensináveis, se refletíssemos mais a respeito das tradições, se tivéssemos um estudo teológico mais sadio  e se fossemos mais sensíveis à ação do Espírito Santo, as pastoras não teriam as resistências que têm.





quinta-feira, 19 de abril de 2012

CÁRMEN LÚCIA ASSUME PRESIDÊNCIA DO TSE, AO LADO DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF


Brasil Luiz Orlando Carneiro, Brasília 


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Numa cerimônia que contou com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff, a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, do Supremo Tribunal Federal, assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral, na noite desta quarta-feira, para um mandato de dois anos.

Num discurso que arrancou da presidente Dilma Rousseff o comentário de “que coisa maravilhosa”, a nova presidente do TSE inovou. Preparou um vídeo de pouco mais de um minuto com imagens do Rio São Francisco — o “Rio da integração nacional” — e a música do Hino Nacional, com texto de sua autoria, no qual destacou: “No seu voto, você escreve o seu presente e o seu futuro. Acredite no Brasil, Vote em você, vote limpo!”.


Compareceram à solenidade, entre outras autoridades: Todos os ministros do STF; o vice-presidente da República, Michel Temer; o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia; a presidente em exercício do Senado, Marta Suplicy; o governador de Minas Gerais, Antônio Anastásia.


Em cerimônia que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, a ministra do STF Cármen Lúcia assumiu a presidência do TSE, na noite desta quarta-feira, para um mandato de dois anos
Em cerimônia que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, a ministra do STF

Carmen Lúcia assumiu a presidência do TSE, na noite desta quarta-feira, para um mandato de dois anos.

Três Registros


Ao encerrar a sessão solene, a ministra CarmenLúcia disse que seu discurso seria breve, com três registros básicos. No primeiro, referiu-se ao “descontentamento” generalizado com a morosidade do Judiciário e o desafio de se fazer “uma Justiça artesanal numa sociedade de massa”, desafio “que não é só reformar, mas transformar a Justiça”.

O segundo registro foi dedicado à “imprensa livre, como parceira do Judiciário, sobretudo na área eleitoral”. Segundo Cármen Lúcia, “não há eleições seguras e livres sem a participação da imprensa”, que “ajuda este tribunal a cumprir sua função, atenta a tudo o que pode causar dano ao processo eleitoral”.




O terceiro registro teve como destinatário o cidadão, que “deve ter mais e mais a clareza de que a construção do nosso país depende de nós mesmos, os cidadãos”, já que “o homem probo ainda é a maior garantia da sociedade”, até por que “nenhuma lei do mundo substitui a responsabilidade e o comprometimento do cidadão”.
Fizeram uso da palavra, antes do pronunciamento da nova presidente do TSE, o até então presidente Ricardo Lewandowski, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.


Lewandowski destacou que, em sua gestão, “vimos consagrada a construção da moralizadora Lei da Ficha Limpa, que defendemos desde sua promulgação”. E citou São Paulo, que escreveu numa de suas últimas epístolas: “Combati o bom combate, terminei a corrida, e mantive a fé”.


TSE


O TSE é integrado por sete ministros, dos quais três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça e dois advogados indicados pelo Supremo. A presidência é sempre exercida por um dos ministros do STF, em sistema de rodízio. O ministro Marco Aurélio passa a exercer, mais uma vez, a vice-presidência do TSE.

Biografia

Nascida em Montes Claros, terceira filha entre seis irmãos, a ministra Cármen Lúcia completa 58 anos nesta quinta-feira. Ela formou-se pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), é mestre em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais, especialista em Direito de Empresa pela Fundação Dom Cabral, e ainda doutora em Direito de Estado pela Universidade de São Paulo.




Especialista em direito constitucional e administrativo, atuou como advogada, foi procuradora do Estado e professora da PUC de Minas Gerais por mais de 20 anos. No governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em junho de 2006, ela foi empossada ministra do Supremo Tribunal Federal, sendo a segunda mulher a alcançar tal posto, assumindo a vaga deixada pelo ministro Nelson Jobim.
Um ano depois, assumiu o cargo de ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral, tendo ainda, em 2008, sido eleita diretora da Escola Judiciária Eleitoral do TSE. Em novembro de 2009, tomou posse como ministra titular do TSE na vaga do ministro Joaquim Barbosa.
Desde Abril de 2010, a ministra
Cármen Lúcia acumulava a vice-presidência do TSE.