terça-feira, 12 de agosto de 2014

POR QUE TANTOS COMEDIANTES SOFREM DE DEPRESSÃO?


POR QUE TANTOS COMEDIANTES SOFREM DE DEPRESSÃO?

Atualizado em  12 de agosto, 2014 - 18:09 (Brasília) 21:09 GMT
Robin Williams (AP)
Robin Williams dizia que sempre que a depressão o atacava, o humor o tirava do fundo do poço.

Robin Williams foi um de muitos comediantes que fizeram rir em público enquanto sofriam em sua vida privada.

O ator, que tinha 63 anos, suicidou-se na segunda-feira em sua casa na Califórnia, nos Estados Unidos.

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·         Sociedade

No fim de julho, o humorista Fausto Fanti, do grupo Hermes e Renato, foi encontrado morto em seu apartamento em São Paulo com um cinto em torno do pescoço. A Polícia investiga o caso, registrado como "suicídio consumado".

Pouco antes de falecer por causa de uma doença pulmonar, Chico Anysio revelou no início deste ano, em uma entrevista na TV, que travou uma dura - e vitoriosa - batalha contra a depressão.

O ator e comediante inglês Stephen Fry sofria de transtorno bipolar e revelou no ano passado que tentou se matar em 2012.

Isso leva a nos questionar: os mestres do riso tem uma tendência maior à depressão? E, se for o caso, por quê?

Perfil contraditório

"Não é preciso ser um gênio para saber que comediantes são um pouco loucos", disse a humorista inglesa Susan Murray no início deste ano, em resposta a um estudo que sugeria que comediantes têm traços psicológicos ligados a psicoses.

Em janeiro, pesquisadores da Universidade de Oxford publicaram os resultados de um estudo em que participaram 523 comediantes (404 homens e 119 mulheres) do Reino Unido, dos Estados Unidos e da Austrália.

"Descobrimos que comediantes têm um perfil de personalidade pouco comum e um tanto contraditório", diz Gordon Claridge, do Departamento de Psicologia Experimental de Oxford.

"Por um lado, eles eram bastante introvertidos, depressivos e, poderíamos dizer esquisitos. Por outro, eles são bastantes extrovertidos e cheios de manias. Talvez a comédia - o lado extrovertido - seja uma forma de lidar com o lado depressivo. Mas, claro, isso não vale para todo comediante"

'Vencível'

Em seu depoimento, Chico Anysio revelou que se tratava com um psiquiatra há 24 anos. Sem esse tratamento, ele disse, "não teria conseguido fazer 20% do que eu fiz".

"Entendi que era depressão, pude pagar os remédios e o psiquiatra e, então, eu venci. Porque ela é vencível”, contou o humorista.

No caso do humorista Fanti, os investigadores à frente do caso disseram que consideram a hipótese dele ter se suicidado por estar passando por um momento difícil em sua vida.

Fanti estava se separando da mulher, com quem tinha uma filha de oito anos.
O humorista inglês Stephen Fry, que lançou em 2006 o documentário A Vida Secreta de um Maníaco Depressivo, revelou em uma entrevista em 2012 sua luta contra a depressão.

"Havia momentos em que eu estava gravando o programa na TV e rindo por fora, enquanto por dentro pensava 'quero morrer'", disse ele.

Criatividade


Stephen Fry (Getty)
Stephen Fry conta que, mesmo enquanto fazia outros rirem, sofria com a depressão.


John Loyd, produtor e ator de programas de comédia na TV britânica, sofre de transtorno bipolar, que afeta gravemente o humor.

Uma pessoa bipolar alterna entre fases de extrema felicidade e criatividade e depressão profunda.

Lloyd diz que esse tipo de problema é "muito, muito comum entre profissionais criativos".

"Pessoas estáveis pensam que o mundo está bom como ele é hoje. Não acham que precisam mudá-lo. Pessoas criativas não pensam assim. E quem quer mudar o mundo sofre muito com isso".

Robin Williams supostamente também sofria de transtorno bipolar.

Em público, ele sempre parecia estar atuando e fazendo os outros rir, mas nunca escondeu seus problemas com álcool e em seu casamento.

Mas, nas entrevistas, era mais reservado quanto a seus problemas de ansiedade e buscava ver o lado positivo da situação.

"Sempre que você se deprime, a comédia o tira do buraco", disse ao jornal The Guardian em 1996.


Pagando o Preço

Integrante do grupo Monthy Python, Terry Gilliam dirigiu Williams em O Pescador de Ilusões (1991) e diz que seu talento era um "milagre", mas que isso "não vinha do nada".

"Quando os deuses te dão um talento do nível de Robin Williams, há um preço a ser pago", disse Gilliam à BBC.

"Isso vem de profundos problemas internos. Uma preocupação. Todos os tipos de medos. Ainda assim, ele sempre conseguia canalizar tudo isso e transformar em ouro."

Mas nem todos os comediantes passam por dificuldades assim, e a depressão está longe de ser algo exclusivo de personalidades criativas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 350 milhões de pessoas no mundo sofrem desse problema.

Em seus casos mais graves, a depressão pode levar ao suicídio. Por ano, cerca de 1 milhão de mortes são causadas por suicídios.

Nick Maguire, o principal palestrante em psicologia clínica da Universidade de Southampton, diz que pode haver uma conexão entre a depressão e a comédia, mas que "certamente não é muito forte ou clara".

Ele explica que as pessoas têm diferentes formas de lidar com a depressão.

"Normalmente, elas se isolam. Outra forma de amenizar temporariamente o impacto dessas emoções é fazer as pessoas rirem e gostarem de você", diz Maguire.

"Infelizmente, isso é bom enquanto está ocorrendo, mas, quando você volta para casa, o que você faz?"

Fonte: 
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/08/140812_comediantes_depressao_rb.shtml?ocid=socialflow_twitter

A DEPRESSÃO PROFUNDA, TAMBÉM CONHECIDA COMO DEPRESSÃO CLÍNICA


TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL ANSIEDADE DEPRESSÃO FOBIAS PÂNICO



A depressão profunda, também conhecida como depressão clínica, afeta a mente e o corpo, levando por vezes o paciente a perguntar-se se vale a pena viver. MayoClinic.com relata que, quem luta com esta desordem não pode simplesmente livrar-se dela, como algumas pessoas supõem. É uma doença grave que geralmente requer uma combinação de medicação e de aconselhamento.





Tristeza, Vazio e Irritabilidade.

Crianças, adolescentes e adultos que sofrem de depressão profunda têm sentimentos de extrema tristeza, irritabilidade ou de vazio. Num minuto podem chorar e, no próximo podem gritar. Algumas pessoas com este transtorno relatam não sentir nada, como se os seus corpos e mentes estivessem vazios. Esta é a razão pela qual os adolescentes se cortam, querem sentir a dor física para realmente sentir alguma coisa.


Crianças que sofrem de depressão profunda permanecem isoladas e choram com angústia.

 

Isolamento

Quem sofre de depressão profunda, provavelmente, isola-se dos amigos e familiares. Deixam de atender telefonemas dos amigos, deixam de ir a encontros sociais e deixam de cumprir as suas obrigações familiares. Por exemplo, uma mãe que sofre de depressão profunda pode deixar de cuidar dos seus filhos, de fazer as refeições, de lavar as suas roupas e de os ajudar com os trabalhos de casa. Alguns adultos deprimidos isolam-se no local de trabalho por longos períodos de tempo, para que não tenham que interagir com os seus familiares.


Comer e Dormir

A maioria dos pacientes com depressão profunda passa por alterações nos seus padrões de alimentação e de sono. Além disso, têm dificuldade em adormecer e em permanecer a dormir, podem também ter dificuldade em permanecer acordados. Isto causa fadiga e dificuldade de concentração.
 Podem comer demais na maioria das refeições ou experimentar uma perda de apetite, resultando num ganho ou perda significativo de peso. (Nas crianças, a variação de peso é mais perceptível).

Escola e assuntos de Trabalho

As primeiras áreas que são afetadas pela depressão profunda são o trabalho ou a escola, dependendo da faixa etária. As crianças e adolescentes têm, frequentemente, uma diminuição notável no desempenho escolar, faltam às aulas e entram em discussões com os colegas. Os adultos têm dificuldade em realizar projetos de trabalho dentro do prazo, têm dificuldade em frequentar o emprego numa base regular, em chegar ao trabalho há horas e em se concentrarem.

Higiene Pessoal

A maioria das pessoas com depressão profunda deixa de cuidar de si próprio. Não têm a energia ou a motivação para tomar banho regularmente, lavar a sua roupa ou até mesmo mudar de roupa. Podem aparecer no trabalho com a mesma roupa durante vários dias seguidos.

Desespero


A maioria das pessoas que sofre de depressão profunda sentem-se inúteis. Não veem como as suas vidas possam mudar, nem veem qualquer esperança ou felicidade para o futuro. Os pacientes com depressão profunda podem dizer coisas como: “Ninguém me vai amar”, ou “eu estaria melhor morto”.


Ideias de suicídio




A maioria dos pacientes com depressão profunda pensa em suicídio. Alguns escolhem um plano específico para obter os meios para acabar com as suas vidas. Estas pessoas precisam de ajuda imediata. O site de informações de saúde mental, Helpguide. org relata que os sinais de pensamentos suicidas incluem, falar sobre a morte e o morrer, agir de forma imprudente, dizer adeus aos seus entes queridos, dar bens pessoais importantes e uma mudança repentina de depressão profunda para um estado de calma e felicidade.

depressão tem várias fases e pode ser muito profunda e grave podendo ameaçar a própria vida. O paciente sente-se marginalizado, mesmo que os outros não o vejam dessa forma. Às vezes, para superar os sintomas entram pelo caminho das drogas e outros medicamentos que a longo prazo prejudicam a saúde.





Diminuição do Interesse ou Prazer

Há uma espécie de diminuição de interesse em atividades diárias, e outro trabalho regular.
Agitação ou Retardo Psicomotor

A pessoa permanece inquieta ou agitada, fisicamente abatida e lenta no seu trabalho rotineiro.
Fadiga

A fadiga também é um sintoma de depressão profunda.
Sentimentos de Inutilidade ou Culpa

Os pacientes com depressão profunda têm um constante sentimento de culpa e inutilidade, sentem que não têm controlo sobre as coisas.

Os efeitos adversos da depressão profunda sobre a saúde global das pessoas são realmente perigosos. Por isso precisam controlar a sua depressão e tentar livrar-se dela antes que ela tome um rumo perigoso.

A medicação e a psicoterapia são algumas curas que a maioria das pessoas procura para combater a depressão profunda. Estes são sem dúvida métodos eficazes para controlar a depressão, mas não a podem erradicar, completamente, da sua vida!


Os sintomas depressivos podem variar muito de pessoa para pessoa. Enquanto uma pessoa deprimida pode experimentar sentimentos de tristeza, desesperança e desamparo, outra pode sentir raiva, irritação e desanimo. 


Os sintomas depressivos também podem parecer uma mudança de personalidade. Por exemplo, uma pessoa tipicamente paciente pode começar a perder a paciência com coisas que normalmente não seriam preocupantes. Os sintomas depressivos também podem alterar durante o curso da doença, alguém que é introvertido e triste pode tornar-se altamente frustrado e irritado como resultado da diminuição do sono e da incapacidade de realizar tarefas simples ou de tomar decisões.




Quando a Depressão profunda é grave, as pessoas podem apresentar sintomas psicóticos, como alucinações e delírios. As alucinações são “fantasmas” sensações que lhes parecem reais. As alucinações podem ocorrer em qualquer domínio sensorial (incluindo visão, audição, paladar, olfato e tacto), e podem ser muito convincentes (assim como perturbadoras), na sua realidade. A forma mais comum de alucinação é auditiva, o paciente ouve vozes de pessoas que não estão, realmente, presentes.

Delírios são crenças falsas, muito fortes que levam uma pessoa a interpretar mal os eventos e relacionamentos. Os delírios variam muito em seus temas, que podem ser de perseguição (sente-se espiado ou seguido), referencial (acha que um programa de TV ou que a letra de uma música contêm mensagens especiais, só para si), somática (pensa que uma parte do corpo foi alterada ou ferida, de alguma forma), religiosa (crenças falsas com conteúdo religioso ou espiritual), erotomania, (pensando que outra pessoa, geralmente alguém com um status mais elevado que o seu, está apaixonado por si), ou grandioso (pensa que tem poderes ou talentos especiais, ou que é uma pessoa famosa).

Quando alguém está deprimido e com sintomas psicóticos, o conteúdo das alucinações e delírios, geralmente é consistente com um humor deprimido e concentram-se em temas de culpa, inadequação pessoal ou doença. Por exemplo, as pessoas deprimidas podem, realmente, acreditar que não são capazes de executar o seu trabalho ou deveres como pais, porque são insuficientes (um sentimento que pode ser reforçado por vozes que dizem “és insuficiente”.) e que todos falam mal dele pelas costas. Um episódio de depressão que envolve sintomas psicóticos pode ser particularmente problemático, porque o paciente pode perder a capacidade de distinguir entre experiências reais e imaginárias.

Como Superar a Depressão Profunda

depressão profunda não é apenas difícil, mas também é perigosa. Mais de 90% das pessoas que cometem suicídio tem um transtorno mental diagnosticável, que muitas vezes inclui a depressão. A depressão profunda interfere com os níveis de energia e, as pessoas que sofrem com esta doença, muitas vezes, sentem-se desconfortáveis com a perspectiva de procurar tratamento e combater a depressão. No entanto, é fundamental que o façam.

Superar uma depressão profunda é difícil, mas não impossível.

Passo 1

Obter tratamento. 

depressão é muito difícil de superar sem ajuda externa. A consulta com um profissional de saúde é indispensável. Uma das terapias passa pela administração de medicamentos que podem estabilizar as substâncias químicas no cérebro e fazer com que o paciente se sinta melhor. A terapia cognitiva comportamental ajuda o paciente a resolver os seus problemas atuais e, a aprender novas maneiras de lidar com a sua doença.

Passo 2

Estabeleça metas. Mesmo que a medicação e o aconselhamento sejam benéficos para pessoas com depressão profunda, só serão eficazes se o paciente estiver disposto a trabalhar para combater a depressão. Estabelecer pequenas metas, concretas, sobre o processo de recuperação pode ajudar na continuação da luta contra a doença, de uma forma produtiva. O cumprimento dessas metas, muitas vezes, dá ao paciente uma sensação de poder e controle sobre a sua depressão.

Passo 3

Permanecer saudável. Muitas pessoas subestimam a ligação entre a saúde física e a saúde mental. Abundância de exercício, alimentação saudável, dormir bem à noite, evitar drogas e álcool e reduzir o stress pode ajudar a manter os sintomas da depressão à distância. Também pode ser benéfico participar em atividades que antes gostava, mesmo quando não apetece, sugere a Better Health Channel.

Passo 4

Procurar apoio. O processo de recuperação é muitas vezes difícil, mesmo com a medicação e aconselhamento adequada. Embora a ajuda profissional seja útil, as pessoas deprimidas que se ‘cercam’ de apoio e pessoas positivas podem ter um processo de recuperação mais fácil. Também é útil quando as pessoas deprimidas educam os seus parentes e amigos sobre a sua doença, isto permite-lhes prestar atenção aos sintomas de retorno, ajudar com metas tangíveis e fornecer feedback útil durante o processo de recuperação, explica a Depression and Bipolar Alliance.

Passo 5

Ser paciente. Pode levar várias semanas antes que o resultado da medicação ou terapia seja notável. Os resultados do tratamento dependem muito do paciente, por isso poderá ter que tentar vários tratamentos antes de encontrar o melhor tratamento para a sua situação específica. As pessoas que sofrem de depressão profunda devem permanecer dedicadas aos seus objetivos e focadas na sua recuperação, mesmo que não experimentem melhoras tão rápido quanto esperavam.

Observação: A Depressão Mata


O "TMZ" relatou ainda que o ator vinha recebendo ajuda espiritual e fez muitas sessões de meditação. Robin Williams lidou com a depressão durante a maior parte de sua vida.

Fonte: http://ego.globo.com/famosos/noticia/2014/08/robin-williams-se-internou-em-rehab-semanas-antes-de-morrer-diz-site.html

Morre o Ator e Humorista Robin Williams, aos 63 Anos
Entre os papéis de destaque do ator estão: Uma Babá Quase Perfeita (1993); "Amor Além da Vida (1998); "Patch Adams - O Amor é Contagioso" (1998), "O homem bicentenário" (1999); "Jumanji" (1995); “Bom Dia Vitenã” (1987), “Sociedade dos Poetas Mortos” (1989), “Tempo de Despertar” (1990), “O Pescador de Ilusões” (1991) e “Gênio Indomável” (1997), que deu a Robin o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.

11 de Agosto de 2014 19h18



Fonte:   http://www.vidadequalidade.org/a-depressao-profunda-ou-depressao-clinica-sintomas-e-tratamento/