domingo, 1 de maio de 2011

MULHERES QUE TRABALHAM FORAM CONTRIBUEM DE FORMA DECISIVA PARA FORTE QUEDA NOS ÍNDICES DE NATALIDADE DA ITÁLIA.


ROMA, Itália, 28 de abril de 2011 (Notícias Pró-Família) — A decisão da maioria das mulheres de adiar uma gravidez em favor de trabalho e carreira é a principal causa da crise no índice de natalidade na Europa, disse um relatório de uma organização econômica internacional.
Foi-se a época em que famílias italianas grandes se reuniam em volta da mesa de jantar


O relatório revelou que a Itália experimentou um dos maiores saltos nos números de mulheres que entraram na força de trabalho entre 1995 e 2009, de 38 por cento para 46 por cento da população feminina.
O aumento coincidiu com a queda nos índices de natalidade que deixou a Itália como um dos países que mais estão envelhecendo na Europa. A decisão de adiar ter filhos trouxe como consequência que muitas mulheres não querem absolutamente nenhum filho. Vinte quatro por cento das mulheres italianas que nasceram em 1965 não têm nenhum filho, em comparação com 10 por cento na França.
Em seu relatório a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma organização econômica internacional de 34 países, coloca em destaque a iminente crise demográfica em muitos países europeus.
O relatório nota que “quase nenhum país da OCDE tem um índice de fertilidade total acima do índice de dois filhos por mulher, que é o índice de substituição da população”.
Nesses países mais mulheres dizem que querem “primeiramente se estabelecer no mercado de trabalho antes de fundar uma família”. Essa situação elevou a idade média de mulheres que entram na maternidade e impôs pressões para que as mulheres continuem trabalhando fora mesmo enquanto estão criando filhos.
O índice de natalidade na Itália, o qual atingiu o ponto mais baixo em sua história em 2004 de 1,23 filhos nascidos por mulher, havia subido levemente em 2009 para aproximadamente 1,32. Mas embora o índice de fertilidade da Itália esteja rastejando, está ainda perto do fundo com a estatística deste ano de 1,41 filhos por mulher, uma estatística que ainda provocará como resultado reduções dramáticas da população com o passar do tempo.
Dos 34 países da OCDE, só Israel, Islândia, Nova Zelândia e Turquia estão acima do índice de natalidade de substituição de 2,1 filhos por mulher. O México, a Irlanda e os EUA chegam perto com 2,08, 2,07 e 2,01 respectivamente.
Recentes estatísticas nacionais mostram que 25 por cento das mulheres italianas não têm nenhum filho e outros 25 por cento terão apenas um filho. A região italiana de Liguria no noroeste da Itália tem agora o índice mais elevado do mundo de idosos em comparação com jovens e fechou dez por cento de suas escolas desde 2000.
Os cientistas sociais especulam que o baixo índice de natalidade da Itália tem muitas causas, inclusive uma nova mentalidade consumista que acredita que a aquisição de bens é meta social mais elevada do que a família.
Longe do modelo tradicional amplamente aceito de famílias grandes e animadas, a sociedade italiana está rapidamente se tornando uma de casais casados com um único filho onde marido e esposa trabalham fora.
As famílias continuam muito unidas e os pais rotineiramente compram apartamentos ou casas próximas ao lar da família para seus filhos adultos. Mas presentes caros como carros, motos e eletrônicos são considerados a norma e é considerado impossível prover esses confortos para mais de um ou dois filhos.
A prosperidade econômica da Itália, que começou na década de 1970, coincidiu com a queda acentuada nos índices de natalidade. O relatório da OCDE diz que para os países do sul da Europa, inclusive Grécia, Itália, Portugal e Espanha, a queda acentuada nos índices de natalidade começou cedo, em 1970, e foram os que caíram mais baixo — atingindo o fundo em 1,2 in 1994 — e se recuperou no mais baixo grau.
Entre 1970 e 2008, em toda a OCDE, a idade média em que as mulheres têm seu primeiro bebê aumentou de 24 para 28 anos. A idade média do primeiro parto das mulheres é ainda mais elevada, pouco abaixo dos 30 anos de idade, na Alemanha, Itália, Espanha e Suíça.
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