Malala Yusufzai, a menina que foi baleada e ferida pelos talebans por defender a educação feminina, foi transferida nesta segunda-feira (15) ao Reino Unido para prosseguir sua recuperação, segundo informou o serviço de comunicação do Exército do Paquistão (ISPR).
O ISPR diz em comunicado que a decisão foi adotada em coordenação com a família da garota, de 14 anos, e que Malala está fora de perigo e se recupera de maneira estável.
A tranferência aconteceu depois que a família real dos Emirados Árabes Unidos (EUA) enviou um avião-ambulância a Islamabad para levar Malala ao estrangeiro a fim de que prosseguisse sua reabilitação.
A menor permanecia hospitalizada em Rawalpindi, ao sul de Islamabad, aonde foi transferida depois que lhe foi extraída uma bala hospedada no pescoço, perto da medula espinhal.
Yousufzai foi baleada na última terça-feira quando saía da escola em que estudava no vale de Swat, no noroeste do Paquistão. Ela recebeu os disparos depois que um homem abriu fogo contra o ônibus escolar em que ia voltar para casa. Na ação, outras duas meninas foram feridas.
Segundo testemunhas, o atirador se aproximou na saída das aulas e perguntou quem era Yousufzai. Uma das crianças questionadas teria mentido e ele atirou nela e na adolescente ativista.
Yousufzai ficou famosa em 2009 quanto, aos 11 anos, começou a denunciar abusos do Taleban, como incêndios em escolas de meninas e morte de opositores no vale de Swat.
Devido ao trabalho, a jovem recebeu prêmios diversos, incluindo o Prêmio Nacional da Paz, a honraria mais elevada do governo do Paquistão.
Reações
O ataque à jovem ativista gerou reações dentro do governo paquistanês e da comunidade internacional lamentando a ação. O chefe das Forças Armadas, Ashfaq Kayani, visitou-a no hospital e condenou o atentado.
“Os covardes que atacaram Malala mostraram mais uma vez como se importam pouco com as vidas humanas e como eles podem ir tão baixo na cruel ambição de impor suas ideologias”.
A embaixadora americana na ONU, Susan Rice, disse que o futuro local depende de meninas como Yousufzai. “A história não lembrará dos covardes que a tentaram matar na escola”, disse.
A ação também foi condenada por ONGs como a Anistia Internacional.
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Fonte: Folha