sexta-feira, 22 de junho de 2012

DILMA SE EMOCIONA AO FALAR SOBRE TORTURADORES


A presidente encerrou o comentário sobre sua passagem na prisão, reconhecendo que entende a curiosidade de todos sobre aqueles momentos.

Dilma Rousseff
                                Dilma: É preciso "virar a página deste País"

Rio - A presidente Dilma Rousseff se emocionou nesta sexta ao comentar que não conhece e não quis conhecer a identidade dos seus torturadores, lembrando que eles "não tinham nomes verdadeiros", e que o havia, eram "elucubrações".
Para Dilma, "a questão não é o torturador, mas é a tortura" e "o problema é em que condições a tortura é estabelecida e é operada". Por isso, justificou, é que decidiu criar a comissão da Verdade, porque é preciso conhecer a história, para que todos tenham o compromisso a fim de não deixar jamais isso acontecer.
As afirmações da presidente Dilma se referiam a um depoimento dado no ano 2000, sobre as torturas sofridas quando esteve presa na prisão em Minas Gerais. "No passar dos anos, uma das melhores coisas que me aconteceu foi não me fixar nas pessoas, nem ter por elas qualquer sentimento, como disse no meu discurso, nem ódio, nem vingança, mas também tão pouco perdão", comentou ela ao citar que não tem sentimento pessoal em relação a quem praticou atos de violência contra ela.








O FUTURO QUE AS MULHERES QUEREM NA RIO+20


“Os países com os melhores desempenhos econômicos são os que apresentam os melhores índices de igualdade de oportunidades para homens e mulheres”, afirmou Gro Brundtlan

 A subsecretária-geral e diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, durante entrevista coletiva na Rio 20






A ex-presidente do Chile leu um documento em que afirma que o mundo está seguindo um caminho de disparidade econômica e social

Rio de Janeiro - Oportunidades iguais. Acesso a terra, ao capital, ao crédito e ao mercado. Esses são os pontos essenciais que as mulheres e líderes mundiais querem ver inclusos no texto final do documento a ser assinado pelos Chefes de Estado essa semana na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, que está sendo realizada no Rio de Janeiro.
Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atual subsecretária geral e diretora executiva da ONU Mulheres e Gro Harlem Brundtland, ex-primeira-ministra da Noruega e enviada especial do secretário-geral da ONU para Mudanças Climáticas participaram de uma entrevista coletiva essa manhã no Riocentro e falaram sobre o tema. “Os países com os melhores desempenhos econômicos são aqueles que também apresentam os melhores índices de igualdade de oportunidades para homens e mulheres”, afirmou Gro Brundtlan. “E isso é pouco divulgado”.

A ex-presidente do Chile leu um documento em que afirma que o mundo está seguindo um caminho de disparidade econômica e social. Um mundo balanceado depende do equilíbrio entre os sexos. Infelizmente, essa não é a realidade atual. Uma mulher morre a cada minuto no mundo devido a complicações na gravidez ou durante o parto. As mulheres continuam a não ter as mesmas oportunidades e direitos em muitos países. “Isso não é sustentável”, disse Michelle Bachelet. “Nossa apelo é pela priorização da mulher”.

Para Gro Brundtland, a mulher tem um papel crucial no desenvolvimento sustentável, além de ter um impacto importantíssimo na economia. “O empoderamento das mulheres é um pré-requisito para mudanças”. A ex-Primeira Ministra da Noruega citou o próprio país como exemplo da inclusão feminina. Na Noruega, 75% das mulheres trabalham, enquanto na América Latina esse número é de 53% e no Japão apenas 30%. Nas companhias japonesas, apenas 9% dos cargos de gerência são ocupados por mulheres.

PRESIDENTE DO QUÊNIA FAZ LOBBY POR 'UPGRADE' DO PNUMA


País é sede do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, cuja transformação em agência foi excluída do texto da declaração da Rio+20 aprovado na terça-feira



 Presidente Dilma Rousseff posa para foto oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20
Presidente Dilma Rousseff posa para foto oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20 (Roberto Stuckert Filho/PR)


O presidente do Quênia, Mwai Kibaki, utilizou seu discurso na cúpula de chefes de estado da Rio+20 para fazer lobby pela transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em agência especializada da ONU. A proposta contava com o apoio da União Europeia, mas não foi contemplada no texto aprovado na terça-feira. O que consta do documento é um pedido à 67ª Assembleia Geral para que faça um "upgrade" no programa, que passaria a ter representação oficial dos 193 estados membros da ONU. Hoje o PNUMA conta com menos da metade dos países-membros em suas cadeiras. Kibaki comemorou o fortalecimento do programa durante a Rio+20 e prometeu ampliar dependências do PNUMA, que é sediado na capital do país, Nairóbi, sem fazer referência a uma lacuna que provocou protestos dos delegados de seu país: o texto não faz menção à permanência do PNUMA no Quênia.

"Vamos facilitar e dar condições para que todos os membros da ONU possam ser recebidos" prometeu. Kibaki pediu que as medidas para o PNUMA acordadas no Rio sejam implementadas o mais rápido o possível e afirmou que os esforços para transformar o PNUMA em agência especializada com sede vão continuar. "Precisamos dar o status (de agência especializada) igual a outras instituições da ONU para poder melhor equilibrar as três dimensões do desenvolvimento sustentável", afirmou. Kibaki também cobrou mais investimentos dos países desenvolvidos para que a economia verde possa ser promovida.

 “É minha esperança que essa conferência estabeleça uma nova forma de estratégia financeira para o desenvolvimento sustentável. Isso deve assistir os países em desenvolvimento a fazer a transição para uma economia verde mais eficaz", afirmou.