EM DISCURSO NA ONU, MALALA DIZ QUE NÃO SERÁ SILENCIADA POR AMEAÇAS
Paquistanesa comemorou seus 16
anos com apelo pela educação infantil
Em seu primeiro discurso público desde que foi baleada pelos
talibãs e no dia de seu aniversário de 16 anos, a
adolescente paquistanesa Malala Yousafzai disse
na Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feira, que não será
silenciada por ameaças terroristas. Malala, que virou um símbolo da luta pelos
direitos da educação de meninas no Paquistão, também fez um apelo por educação
gratuita e obrigatória para todas as crianças do mundo.
"Eles pensaram que a bala iria nos silenciar, mas eles falharam", disse Malala na Assembleia de Jovens da ONU em seu aniversário de 16 anos, em um discurso no qual pediu mais esforços globais para permitir que as crianças tenham acesso a escolas.
"Os terroristas pensaram que eles mudariam meus objetivos e interromperiam minhas ambições, mas nada mudou na vida, com exceção disto: fraqueza, medo e falta de esperança morreram.
Força, coragem e fervor
nasceram", completou, em um discurso muito aplaudido. Gordon Brown,
ex-primeiro-ministro britânico e enviado especial da ONU para a educação,
elogiou Malala como "a garota mais corajosa do mundo" ao apresentá-la
à Assembleia de Jovens da ONU.
Usando um véu rosa, Malala disse aos cerca de 1.000 estudantes do mundo inteiro que participavam da Assembleia em Nova York que a educação é a única forma de melhorar condições de vida. "Vamos pegar nossos livros e canetas, eles são as nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. Educação é a única solução", disse a jovem.
Ataque - A jovem defensora da educação para meninas foi atingida na cabeça por um tiro de talibãs enquanto seguia para a escola, em um ônibus, perto de sua casa no Vale do Swat no dia 12 de outubro de 2012. Ela recebeu tratamento médico na Grã-Bretanha, onde mora atualmente. O ataque chamou a atenção do mundo para a campanha de Malala a favor de mais oportunidades de estudo para as mulheres.
Malala apresentou ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, uma petição assinada por quatro milhões de pessoas. O documento, em apoio a 57 milhões de crianças sem condições de ir à escola, pede a líderes globais para angariar fundos para novos professores, escolas e livros e o fim do trabalho e tráfico infantil.
Leia também: Malala diz que ganhou uma segunda vida após ataque
Fonte: Veja
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/malala-diz-que-nao-sera-silenciada-por-ameacas--3
(Com agências France-Presse e Reuters)
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