segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A MULHER TALIBÃ


Mulheres afegãs: Sobrevivendo aos talibãs

Bibi Aisha: nariz e orelha cortadas por integrantes do Talibã.

As mulheres talibãs não são nada mais, nada menos que meros “fantasmas” que servem os homens, isto é, são apenas aquelas que dão fruto à continuidade da família e à sua raça.



Violência talibã contra as mulheres

Maltratadas violentamente, violadas brutalmente, acusadas injustamente, ignoradas, descriminadas e espancadas; estes são poucos dos obstáculos que estas mulheres tentam ultrapassar no seu dia-a-dia.





Se os direitos civis e políticos da mulher talibã costumam ser restritos imagine-se os direitos econômicos, sociais e culturais que não são respeitados.


O direito ao trabalho, a uma condição de vida adequada, à alimentação e à água potável, à propriedade, à herança e ao governo de suas propriedades e de sua moradia, a serviços públicos de educação e saúde acessíveis e populares, são necessidades imperativas no dia-a-dia da mulher e para sua própria sobrevivência, etc. Tudo isto é apenas o horizonte inatingível à mulher talibã.  


Este regime é, de tal maneira rígido que as mulheres eram impedidas de ter qualquer acesso a hospitais públicos para que não fossem tratadas por médicos ou enfermeiros homens. Mas isto é apenas uma regra em muitas:




1. É absolutamente proibido às mulheres qualquer tipo de trabalho fora de casa, incluindo ser professora, médica ou enfermeiras.

2. É proibida a frequência de escolas, de universidades ou de qualquer outra instituição educativa.

3. É proibida a presença de mulheres na rádio, televisão ou qualquer outro meio de comunicação.

4.  As mulheres não se podem fotografar ou filmar.

5. Nos jornais, livros ou revistas não pode haver fotografias femininas.

6. É proibido às mulheres praticar qualquer desporto ou mesmo entrar em locais desportivos ou clubes.

7.  É proibido às mulheres andar de bicicleta ou motocicleta.

8. É proibido às mulheres andar na rua sem ser acompanhadas pelo pai, irmão ou marido.

9.  É proibido falar com vendedores do sexo masculino.

10.  É proibido serem tratadas por médicos homens.

11.  É proibido falarem ou apertar a mão aos homens.

12.  A mulher não pode andar de táxi a não ser acompanhada por uma familiar próximo do sexo masculino.

13.  É proibido ás mulheres assomar às varandas de suas casas.

14. Todas as janelas devem ser pintadas de modo a que as mulheres não sejam vistas por quem estiver do lado de fora.

15. É proibido à mulher falar e rir alto, de modo a poder ser ouvida por estranhos.

16.  É proibido ás mulheres de cantar e ouvir musica.

17.  É obrigatório o uso de véu que as cubra da cabeça aos pés.

18. É proibido qualquer tipo de maquilhagem. Foram cortados dedos a muitas mulheres por pintarem as unhas.

19. É proibido usar saltos altos que ao andar produzem sons perceptíveis pelos homens.

20. É proibido o uso de roupas coloridas ou consideradas sexualmente atrativas.

21. É proibido o uso de calças compridas, mesmo debaixo do véu.

22. Se as mulheres não usarem as roupas adequadas e mostrarem os calcanhares, podem ser verbal e fisicamente agredidas, nomeadamente chicoteadas.

23. Mulheres que tenham relações sexuais fora do casamento podem ser publicamente apedrejadas até à morte.

24.  É proibido à mulher o uso de instalações sanitárias públicas.

25.  O testemunho de uma mulher só vale metade do que vale o testemunho de um homem.

26. A mulher não pode recorrer diretamente ao tribunal, mas apenas por intermédio de um membro masculino da sua família.

27. É proibido ás mulheres assistirem a filmes e a vídeos ou verem televisão.

28.  Toda a toponímia com a palavra “mulher” deve ser alterada. Assim o “Jardim da mulher” deve passar-se a chamar “Jardim da Primavera”.




Todo este sofrimento é escondido atrás da barreira da ‘Cultura’. Muitas das opressões sofridas eram razão de afirmação de cultura e por isso, loucas atrocidades deixaram cometer-se, até que chegamos à morte.




 Uma mulher afegã sempre é propriedade de alguém. Primeiro do pai, depois do marido. ...

João Santos

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