quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

FAMÍLIA TODA FELIZ ....


Pais e mães que cuidam bem de si mesmos fazem a família toda ser mais feliz


Esse é apenas um dos dados de um estudo feito pelo Facebook IQ. Com base nos dados do Facebook e do Instagram, a pesquisa mostrou também como o acesso à tecnologia – e principalmente às redes sociais – vem alterando as tradições familiares. Entenda

Por Naíma Saleh - atualizada em 23/02/2016 15h51
Mãe e filha rindo (Foto: Thinkstock)


Sim, a nova geração de pais está mudando – e muito! E a participação da internet e das redes sociais tem um papel-chave nessa mudança. Uma pesquisa realizada pelo Facebook IQ mostra bem essa revolução. Especialistas analisaram dados de Facebook e Instagram de 8.300 pais e mães de 25 a 65 anos de idade, de 8 mercados diferentes ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Eles descobriram que os pais que hoje estão na faixa de 18 a 34 anos têm uma probabilidade 30% maior de consultar informações na hora de fazer uma compra do que os pais que estão na faixa dos 50 aos 60.
Um dos dados mais bacanas encontrados pelo estudo é que 38% dos pais dizem que sua família está melhor quando eles estão em seu melhor. Ou seja, os pais estão percebendo cada vez mais que, se eles cuidarem de si mesmos em primeiro lugar, serão capazes de ser melhores. Eles conseguirão lidar com suas responsabilidades diárias e com as tensões, que inevitavelmente aparecem, de uma forma mais amorosa e cheia de energia.
“Eu vivo para o meu filho”


Culturalmente, ainda existe um discurso de que os pais e, principalmente as mães, têm que se dedicar exclusivamente aos filhos, que as crianças devem ser sempre prioridade absoluta. Então, quando eles fazem algo para si, como deixar as crianças com a avó para ir ao cinema em uma sexta à noite, muitas vezes são chamados de egoístas. “Como assim, largar o filho pequeno para ir se divertir?” Mas ser egoísta, acredite, não é necessariamente algo ruim. “A gente tem que tirar o rótulo negativo da palavra egoísmo. Ser egoísta nada mais é do que se colocar em primeiro lugar. Quando uma pessoa se coloca em primeiro lugar, ela cuida da vida dela. Ela se ama, se trata bem, tem energia para tomar conta da sua própria vida e também para cuidar do próximo”, explica a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP).

Um pai, por exemplo, que se organiza para deixar os filhos na escola de manhã e reserva uma horinha do dia para correr sozinho no parque, ou para tomar um café da manhã mais demorado na padaria, não está sendo egoísta: ele está se cuidando. E o fato de reservar um horário exclusivo para si mesmo, para fazer algo que é importante para ele, pode trazer grandes benefícios à saúde, tanto física, quanto psíquica.
”É preciso escolher algo que faça diferença na sua qualidade de vida e que seja realmente importante para você”, completa Rita. Além disso, o planejamento requer responsabilidade. É preciso ter certeza de que seu filho está sendo cuidado por uma pessoa de confiança e que ele conheça nos momentos em que você se ausenta.
Tecnologia afetando as tradições
Mulher usa celular (Foto: Thinkstock)
Do total de pais entrevistados, 83% dizem que têm acesso a mais informações do que seus pais tinham e 70% se consideram mais bem informados do que os seus próprios pais foram. Só que acessar e compartilhar informações online abre margem paraopiniões alheias. Pense em como era a vida há algumas décadas: as famílias tinham muitos filhos e, com frequência, parentes de diferentes graus moravam na mesma casa ou muito próximos. Eram tios, tias, avôs, avós e primos convivendo diariamente. As crianças eram criadas em ambientes familiares completos e havia uma forte influência desse círculo social tanto na educação dos pequenos quanto na formação dos pais. Mais tarde, houve um grande movimento em direção às cidades: as famílias se urbanizaram e, com isso, o contato das crianças passou a se limitar ao seu núcleo mais próximo: pai, mãe, irmãos e, com sorte, avós. Nada de primos, tios e nem vizinhos para brincar e dar palpites. “Hoje, a internet ajudou a resgatar essa proximidade com um círculo mais amplo de parentes e amigos, ainda que de forma virtual”, explica a psicóloga.
É claro que essa proximidade  tem um custo: a exposição. Uma vez que mães publicam nas redes sociais a rotina dos filhos e emitem opiniões sobre o que fazer e o que não fazer para criar e educar, é como se a maternidade fosse posta em uma vitrine. E, automaticamente, pais e mães passam a ser julgados (e quase sempre condenados nos tribunais das redes sociais) o tempo todo. Para Rita, o problema está na falta de filtro com que compartilhamos e recebemos as informações. "Só quando começarmos a entender que o que funcionou com o meu filho pode não funcionar com o meu sobrinho é que poderemos usar esses recursos que a internet oferece de forma plena", completa Rita.
Então, para resumir: sim, coloque-se em primeiro lugar. Sendo uma pessoa melhor, você vai poder ser um pai ou mãe melhor. E mais plena. E mais feliz. E não leve a ferro a fogo as críticas das redes sociais - nem na hora de recebê-las, nem na hora de fazê-las. A internet pode ser uma excelente fonte de informação, mas não deixe de acreditar que você faz o melhor que pode para o seu filho.

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