O presidente do Deutsche Bank, Josef Ackermann (foto), pode até ter tido boa intenção, mas acabou recebendo muitas críticas ao dizer que colocar mais mulheres em cargos de gerência faria a vida “mais colorida e bonita”. Num momento em que a Alemanha debatia estabelecer cotas para mulheres em cargos de liderança, Ackermann foi tachado de machista.
Ilse Aigner, a ministra alemã do consumo, repreendeu o banqueiro: “As pessoas que gostam das coisas mais coloridas e bonitas deveriam ir para um jardim de flores ou museu.”.
Silvana Koch-Mehrin, membro do Parlamento Europeu, também se pronunciou sobre o comentário: “Se o senhor Ackerman quisesse mais cor no seu comitê administrativo, deveria pendurar quadros nas paredes. Mulheres em posições de liderança não se vêem como objetos de decoração, e isso certamente é válido para aquelas que trabalham no Deutsche Bank.”
A situação das mulheres no Deustche Bank não ajuda Ackermann a se defender das acusações: não há nenhuma nos comitês administrativo ou executivo. Elas estão apenas no comitê supervisor da empresa: são cinco dos 20 integrantes.
Com ou sem machismo, a premiê Ângela Merkel derrubou a proposta de cotas de 30% para mulheres em cargos mais altos. Ela disse que quer dar às empresas a chance de aumentar o número de mulheres nas gerências e diretorias voluntariamente.
Como Merkel, também não sou favorável a esse tipo de cota. Fico imaginando, no entanto, por que uma empresa aumentaria a participação das mulheres na liderança. Será que tornar a vida mais colorida é uma boa resposta?
Você acha que o banqueiro alemão foi gentil ou machista?
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