Valor da Mulher Cristã no Mundo - (Gênesis 2. 27 – (Linguagem de Hoje)
“Assim Deus criou os seres humanos; Ele os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem e mulher e os abençoou...”
Mas que ser é este chamado mulher? Será que ser mulher é ser só filha, esposa, mãe ou companheira? Cremos que não! A mulher, antes de tudo, é um ser humano, como qualquer outro. A mulher tem sido tratada ao longo dos tempos como objeto sexual, como empregada de luxo, como se fosse um “ser” incapaz de pensar, agir, participar de uma discussão séria, racional e equilibrada, como se não possuísse inteligência, habilidade e aptidão para mais nada. Desde a sua criação, a mulher vem percorrendo um longo e árduo caminho na busca de sua identidade como pessoa. É nesta investigação que a mulher se confunde e se perde, desejando ardentemente uma igualdade parecida com a do homem. Nesta procura incansável, muitas estão prontas para fazerem trocas, porque acreditam que se forem iguais aos homens serão livres e terão privilégios. Não percebem que, agindo desta maneira, estão perdendo mais coisas do que as que vão receber em troca. Durante séculos a mulher foi explorada e discriminada em todas as áreas. Esta atitude gerou inconscientemente, uma agressividade que foi se acumulando, deixando marcas profundas e agora se manifesta em reações negativas sobre o que é ser mulher, mostrando ao mundo que nos rodeia, um ser aparentemente inseguro, vulnerável, cheio de temores, com falta de confiança, formando uma “crença” de que somos “seres inferiores”. Mas a Bíblia continua afirmando: “... a mulher... imagem de Deus”. Segundo comentário do livro de Gênesis de Derek Kidner (Mundo Cristão), a “... imagem de Deus” significa “um ser racional e também um ser moralmente responsável”. Poderíamos acrescentar: um ser com faculdade de expressar emoções e de agir voluntariamente. Um ser com capacidade de manter íntima comunhão com seu Criador. Por isso, cada mulher deve despertar dentro de si toda criatividade, sensibilidade e feminilidade que foi planejada e moldada por Deus ao criá-la, reconhecendo que o Espírito Santo é quem deve controlá-la, tornando-a uma verdadeira mulher. Em Gálatas 3. 38 lemos: “... não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo”. Não há pessoas de segunda categoria. Diante do Criador só há igualdade. Mas esta igualdade não significa identidade. Os dois, homem e mulher se completam, o que não seria uma verdade se fosse idênticos. Somos iguais, o homem e a mulher, mas diferentes. Não se trata nesta diferença, de superioridade de um ou inferioridade do outro, mas de respeito mútuo, direito, deveres, privilégios e responsabilidades na mesma equivalência. Em cada um dos sexos está à sombra do outro. Portanto, devemos estar preocupadas em ser plenamente mulher dia-a-dia e louvar a todo o momento o Criador por nos ter feito “Sua imagem e Semelhança”. É nesse tempo a sós com Deus que a mulher pode avaliar profundamente sua identidade. Quando ela conhece o Senhor Jesus Cristo como Ele é, é que ela se compreende e sabe quem é. Ao receber a identidade de Jesus Cristo, Ele ensina que sem ele somos vasos vazios, privados de decisões; mas tendo-o ao lado, nos tornamos vasos apropriados para a vida na família, na igreja e na sociedade. Esta vida em sociedade, lado a lado com o homem, continua sendo questionada e muito discutida. Isto acontece porque as mulheres foram e ainda são, em alguns Países, educadas somente para criar os filhos e realizar tarefas domésticas, apesar de estarmos no Século 21.
Por mais que se fale em igualdade social, a mulher é discriminada em termos de salários, cargos e de oportunidade de mostrar suas aptidões. Temos que enfrentar muitas lutas para vencer os obstáculos sociais e outros que por certo cada uma de nós ainda vivenciará. Mas, ao longo da história, podemos constatar com alegria, que esforços foram e são feitos no sentido de emancipar a mulher de todos os preconceitos determinados contra elas, principalmente numa área muito conhecida – a profissional. A Bíblia registra desde o início que a mulher sempre trabalhou. No livro Gênesis 3. 23 está registrado: “O Senhor Deus, pois, o lançou fora do Jardim do Éden, para lavrar a terra...” Homem e mulher juntos; portanto, a mulher ajudaria o homem nessa nova e difícil tarefa que era a sobrevivência deles e da família que seria construída. Na Revolução Industrial, tornou-se necessária sua mão-de-obra, e lá a mulher dar sua participação; trabalhou em fábricas, inclusive em tempos de guerra. Em todas as áreas, a mulher é uma auxiliar indispensável para o homem e para a sociedade. Embora, com algumas restrições, a mulher está conquistando o seu espaço e desempenha ou já desempenhou sua função com eficiência. Podemos citar alguns exemplos de mulheres que marcam sua passagem pelo mundo, dando sua participação para que a História da Humanidade a ser registrada tenha um novo texto. Nos Estados Unidos, podemos citar. Anne Roe, psicóloga, que desenvolveu a Teoria das Necessidades Básicas, tão utilizada hoje, não só na Psicologia, mas também na Educação. Outro nome notável é o de Golda Meir, estadista judia, que tanto fez por seu povo. Conta-se que alguém perguntou a Golda Meir como foi que ela, sendo filha de pais tão simples, alcançou uma função tão elevada, de tanta responsabilidade. Ela respondeu: “O meu povo continua sendo o povo escolhido de Deus. E a minha função é ajudar este povo de Deus a ser uma grande nação”. Outras mulheres notáveis que atraem nossa atenção: a Sra. Baramaico, Primeira-Ministra do Sri Lanka, País de terceiro mundo. Esta mulher nacionalizou os Bancos e as Indústrias do País. Benezir Bhutto tornou-se Primeira-Ministra do Paquistão, um País mulçumano, onde a mulher é considerada como ser inferior. Indira Gandhi, Primeira-Ministra da Índia; Margareth Thatcher, Primeira-Ministra da Inglaterra. Madame Currie, devemos a esta mulher a descoberta da radiografia, que tantos benefícios traz a humanidade. Ana Nery, “A matriarca da enfermagem no Brasil”. Trabalhou como voluntária na Guerra do Paraguai; Florence Nightingale, da Inglaterra, é considerada a “Fundadora da Enfermagem Moderna”.
Podemos citar, no Estado do Espírito Santo, duas mulheres que, no passado marcaram com suas vidas a história deste Estado: Luiza Grimaldi, que foi a primeira Governadora e Maria Ortiz, que comandou a expulsão dos holandeses das terras capixabas. Foram necessários dois milênios para que a mulher alcançasse a plenitude dos seus direitos. Ao findar o Século 19, a mulher recebeu o que lhe pertencia neste sentido. Vitor Hugo, no início do Século 19, fez a seguinte afirmação: “O Século 19 Pertence às Mulheres”. Apesar da constatação deste grande escritor, os homens gastaram milhares de anos para reconhecer que a mulher possuía alma. Precisaram de dois mil anos para aprender que ela possuía inteligência. Jesus Cristo, ao contrário, já sabia destas duas grandes verdades, e assim permitiu que elas ocupassem um lugar de destaque no seu ministério terreno. Por isso podemos afirmar que o Cristianismo é a Mãe dos Direitos das Mulheres. Foi o ensino revolucionário de Cristo que abriu e está abrindo todas as portas necessárias para que as mulheres ocupassem o seu espaço. Foi Jesus, quem colocou a mulher no seu verdadeiro pedestal, dando-lhe honra, liberdade e igualdade. Quando recebemos este Salvador, como dono e Salvador de nossas vidas, o Espírito Santo vem habitar em nós. A mulher descobre então sua verdadeira identidade. Ela não é apenas “Um Ser” chamado mulher, mas passa a ser conhecida como “Mulher Cristã”. Isto nos dá o sentimento de plena realização, pois estamos vivendo para a Glória de Deus, que é o propósito para o qual fomos criadas. A mulher se encontra, na medida em que se firma na Palavra de Deus e centra sua vida no Senhor Jesus Cristo. Essa é certamente uma mulher renascida, transformada e realizada. Precisamos compreender que nossas vidas pertencem a Deus e não a nós. Ele planejou e fez a vida de cada mulher. Ele tem uma decisão para ela, portanto, devemos nos sujeitar a sua autoridade, a fim de conhecermos o que Deus deseja de nós. Na Bíblia, encontramos vários exemplos de mulheres que realizaram tarefas especificas, porque ouviram a voz do Senhor, no Velho Testamento destaca-se a figura de Débora que colocou a disposição de Deus suas aptidões e, na qualidade de juíza, julgou com sabedoria seu povo, conduzindo-o a grandes vitórias. Outro exemplo é o de Ester que no exercício real, na qualidade de rainha, decidiu servir a Deus e a seu povo. No Novo Testamento, encontramos a história de Lídia, a “vendedora de púrpura”, uma comerciante que em suas atividades deu provas de sua fidelidade no serviço para o qual foi chamada. Outro nome de destaque é o de Priscila, que possuía como profissão fazer “tendas”. Através deste ofício, servia com alegria e dedicação ao Senhor de sua vida, Jesus Cristo, e ao próximo. Além dos exemplos já destacados da participação da mulher na história, podemos citar outros exemplos nos dias de hoje, com extraordinária dedicação o trabalho para o qual foram chamados. (Cite mulheres de sua região, cidade, igreja, comunidade, que realizam ou realizaram trabalhos que foram ou são úteis a outras pessoas).
Sabemos que o mundo de hoje está em crise. A destruição das famílias, a situação caótica da economia e a dilaceração dos valores morais são indícios que desafiam a participação urgente da Mulher Cristã neste mundo de transformações. A mulher deverá ser a “grande edificadora”, para que um mundo melhor surja e caminhe para o futuro, para que as pessoas que nele viverão reconheçam nossa competência, nossa inteligência, nossa sabedoria, o testemunho da nossa fé, e demonstrem aos que nos cercam o amor de Deus que está presente em nossos corações.
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