(II Reis 22. 11 – 20; II Cr 34. 19 – 28).
Hulda desempenhou um papel importante na história de Israel, apesar de aparecer apenas uma vez no palco da história dessa nação durante um tempo de deserção religiosa.
Em Jerusalém, o rei Josias, de Judá, deu início a uma renovação do interesse pelo Livro da Lei, e Hulda participou do reavivamento que se seguiu. Ela era esposa de Salum, o “guarda-roupa do rei” [provavelmente encarregado dos trajes reais ou das vestimentas e paramentos sacerdotais].
Em lugar de Jeremias ou de Sofonias, ambos profetas ativos durante essa época, o rei escolheu consultar uma mulher, a profetisa Hulda. É importante observar que, com o número de profetas que viviam em Jerusalém na época, o sacerdote Hilquias e o resto dos conselheiros do rei voltaram-se para uma mulher em busca de uma Palavra de Deus. Esse fato anula a ideia de que Deus usa mulheres para esse tipo de ministério apenas quando não há nenhum homem disponível.
A consideração pela integridade de Hulda e por sua autoridade como mulher de Deus fez com que sua confirmação do recém-descoberto Livro da Lei fosse à palavra necessária para uma ação imediata da parte do rei. A mensagem não procedia dela mesma, mas, sim, do Senhor. O fato de a frase “Assim diz o Senhor” ser repetida quatro vezes em sua profecia curta enfatiza que Hulda compreendia sua responsabilidade e oportunidade de ser um canal através do qual Deus transmitiria sua Palavra (2 Rs 22. 15- 17, 19). Deus usa quem estar a sua disposição, seja Homem ou Mulher! Todas as reformas apresentadas pelo rei Josias basearam-se na Palavra de Deus recebida por meio dessa mulher. Ao que parece, Hulda era tão conhecida como mulher de Deus e tão plenamente digna de confiança em sua compreensão da Lei do Senhor, que, por sua influência, durante algum tempo, houve um reavivamento da consciência e das práticas religiosas de sua nação na fidelidade a Deus.
Antes de entrarmos no Período do Novo Testamento, queremos ressaltar, que todo este período do Velho Testamento, que é de cerca de quatro mil anos de história; [da queda até Cristo], a predominância é sempre do Homem.
As sentenças recebidas pelo homem e pela mulher na hora da queda afetaram não só o relacionamento entre eles, mas também sua relação com Deus e com a natureza. Como resultado da queda, sofrimento foi acrescentado ao nascimento de uma criança, tirania à liderança, rebelião à submissão e problemas ao trabalho, bem como a separação nos relacionamentos destinados à união.
A mulher tem particular interesse no juízo duplo proferido em Gênesis 3. 16. A sentença para a mulher foi “sofrimento na gravidez”. Ao dar à luz, a mulher tem a oportunidade de dar as mãos ao Criador na multiplicação da humanidade (Gn 1. 28).
A segunda parte da sentença – “o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará” – é descrito nas dolorosas consequências do pecado no relacionamento entre marido e mulher. Tanto um como outro escolheram ignorar os planos do Criador e fazer as coisas à sua maneira.
Os papeis de complementaridade do homem e da mulher, que originalmente funcionaram para produzir harmonia e unidade, seriam dali em diante fonte de atritos. O plano de Deus não mudou. No entanto, a mulher teria uma tendência pecaminosa a desrespeitar o papel de liderança do homem, e ele, em sua pecaminosidade, teria a tendência de abusar de sua autoridade e até de subjugar a mulher.
Mas as mulheres e os homens cristãos aprendem princípios claros, pela Palavra de Deus, para conter esses efeitos do pecado e para relembrar sua igualdade de valor como PESSOAS! (I Pe 3. 7), na complementaridade e no relacionamento harmonioso para o qual foram criados (Efésios 5. 21 – 33; Cl 3. 18 – 19).
O pecado distorceu o relacionamento entre homem e mulher em qualquer nível, mas crentes são chamados a se relacionar de acordo com o plano do Criador, instituído no jardim do Éden, antes de o pecado entrar no mundo. (Gn 2. 15 – 25).
Observe: Deus criou os dois e abençoou os dois e também castigou os dois, isto significa que Deus via em nível de igualdade!
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