10 FATOS
HISTÓRICOS QUE MOSTRAM TOTAL DESRESPEITO À VIDA DAS MULHERES
Os homens têm governado a humanidade desde as primeiras sociedades, com raras exceções. Em cada estágio da história humana, as mulheres têm estado à margem, lutando por seus direitos mais fundamentais. E não estamos falando somente do direito ao voto ou a um salário justo. Ao longo dos tempos, a vida das mulheres foi um verdadeiro conto de horror. Ao longo de nossa história, a vida cotidiana foi preenchida com experiências que tornavam o fato de ser uma mulher um verdadeiro pesadelo.
(Não que as coisas estejam às mil maravilhas hoje em dia. O 10º Anuário Nacional de Segurança Pública mostra, por exemplo, que 45.460 estupros foram registrados no Brasil em 2015, 125 por dia. E o que é pior: as autoridades estimam que apenas cerca de 10% dos estupros sejam registrados no país, ou seja, o número real de estupros no ano passado passa perto de assustadores 450 mil. E embora homens também sofram estupros, as mulheres são 89% das vítimas deste crime, segundo o Sinam – Sistema Nacional de Atendimento Médico. Apesar das coisas terem melhorado nos últimos séculos, ainda temos muito para avançar).
10. Meninas recém-nascidas eram regularmente deixadas para morrer
Na antiga Atenas, era muito comum um casal levar uma menina recém-nascida para o deserto e deixá-la morrer – um ato que eles chamavam de “expor” o bebê. “Todo mundo cria um filho, mesmo que seja pobre”, escreveu um escritor grego, “mas todo mundo expõe uma filha, mesmo que seja rico”.
Em Roma, isso também era comum, especialmente em famílias pobres. Existem registros de uma cidadão romano de classe baixa escrevendo para sua esposa sobre sua gravidez. “Uma filha é um fardo muito pesado, e nós simplesmente não temos dinheiro. Se você tiver uma menina, teremos que matá-la”, diz ele.
Mesmo no Egito, que deu às mulheres direitos comparativamente iguais, os pobres muitas vezes deixavam as crianças morrerem. “Se você tiver o bebê antes de eu voltar”, uma carta mostra um egípcio escrevendo para sua esposa, “se for um menino, deixe-o viver; se for uma menina, exponha-a”.
9. Homens não tocavam mulheres menstruando
O filósofo romano Plínio, o Ancião, escreveu: “Com a aproximação de uma mulher neste estado, o leite ficará azedo”. Ele achava que as mulheres menstruadas podiam matar tudo o que olhavam, dizendo: “Um enxame de abelhas, se olhado por ela , morrerá imediatamente”
No Egito, as mulheres passavam seus ciclos menstruais isoladas em um edifício especial em que os homens não podiam entrar – e eles não eram os únicos a fazerem algo do tipo. Os israelitas nem sequer tocavam uma mulher durante o seu período – ou até mesmo qualquer coisa que elas tocassem. “Tudo em que ela se senta”, escreveram, “será imundo”. E no Havaí, os homens que entravam na cabana de mulheres menstruadas arriscaram levar a pena de morte.
Já os nativos da Papua Nova Guiné iam mais longe. Se um homem tocava uma mulher menstruada, eles acreditavam que “mataria seu sangue de modo que ficasse negro, enfraqueceria sua inteligência e levaria a uma morte lenta”.
8. Perder a virgindade era uma sentença de morte
Em Atenas, se um homem descobrisse que sua filha solteira tinha dormido com um homem, ele poderia legalmente vendê-la para a escravidão. Os samoanos se asseguravam de que suas esposas fossem virgens – e que todos soubessem. Durante um casamento samoano, o chefe da tribo rompia manualmente o hímen da noiva com os dedos na frente de uma multidão para provar que ela era pura.
Em Roma, se uma sacerdotisa da deusa Vesta perdesse sua virgindade antes dos 30 anos, ela era enterrada viva. E na antiga Israel, nem sequer importava se você fosse uma sacerdotisa. Qualquer mulher que perdesse sua virgindade antes do casamento poderia ser apedrejada até a morte.
7. Sempre se esperou que homens fossem predadores sexuais
Em Roma, as escravas deviam ser sexualmente ativas, como parte de seus trabalhos. A única maneira de ter problemas por dormir com um escrava era se ela fosse de propriedade de alguém e você não pedisse primeiro. Mesmo assim, ninguém consideraria isso uma violação ou um estupro – a atitude era apenas classificada como dano à propriedade.
Prostitutas não podiam registrar casos de violação, não importa o que lhes acontecesse. E não eram só elas que não podiam acusar ninguém de estupro – garçonetes e atrizes também eram tratadas como participantes voluntárias de qualquer ato sexual que um homem lhes impusesse. Em um caso, uma atriz estuprada por vários homens teve negada a permissão para apresentar acusações. Os homens que a atacaram, foi sentenciado, tinham simplesmente “agido de acordo com uma tradição bem estabelecida em um evento encenado”.
Na Idade Média, Santo Agostinho foi considerado progressista por sugerir que as mulheres estupradas não precisavam se matar. Mesmo ele, porém, sugeriu que algumas mulheres haviam gostado.
6. Esposas eram frequentemente sequestradas em várias partes do mundo
Em algumas partes da China, as pessoas estavam raptando esposas até a década de 1940. No Japão, o último caso relatado de sequestro de esposa aconteceu em 1959. A Irlanda teve um problema generalizado com o roubo de esposas no século XIX. E até mesmo a Bíblia relata histórias de homens matando aldeias inteiras e tomando as mulheres virgens como esposas.
Roma nem sequer existiria sem noivas sequestradas. As lendas da nação começam com homens sequestrando as mulheres sabinas. Na história, Rômulo diz às mulheres que elas deviam estar felizes de ser sequestradas, porque elas tiveram a sorte de “viver em casamento honrado”.
5. Mulheres já foram forçadas a matar seus bebês
Matar bebês frágeis não era apenas algo que acontecia em Esparta. Em quase todos os países, quando uma mulher dava à luz uma criança deformada, esperava-se que ela a matasse. Em Roma, era a lei. “Uma criança terrivelmente deformada”, ordenava o direito romano, “será rapidamente morta”.
Se uma criança romana nascesse com uma deficiência, a mãe tinha duas escolhas. Ela poderia sufocá-la ou, mais frequentemente, poderia abandoná-la. Na costa de Israel, arqueólogos encontraram os restos de 100 bebês mortos nos esgotos da cidade.
Acontecia muito. Não sabemos o número exato de bebês que foram deixados para morrer, mas acredita-se que um em cada quatro bebês romanos não conseguia passar do primeiro ano de vida.
4. Mulheres mal tinham permissão para falar
Na Grécia antiga e em Roma, as mulheres eram proibidas de deixar a casa sem um acompanhante masculino. Quando visitas chegavam, não lhes era permitido falar ou sentar-se para o jantar – tinham de se retirar para os seus quartos, fora da vista, para que a presença de uma mulher não incomodasse os homens.
Na Dinamarca, as mulheres indisciplinadas que brigavam ou que expressavam abertamente sua raiva poderiam acabar presas em um aparelho chamado Violino de Pescoço. Era uma armadilha de madeira em forma de violino que prendia as mãos e o rosto. A mulher era levada então para desfilar pelas ruas, publicamente envergonhada por ter mostrado abertamente a raiva.
Os ingleses foram ainda piores. Os súditos da rainha colocavam mulheres que brigavam no “freio”, uma máscara de metal com dentes afiados que tinha um sino acoplado – para garantir que todos zombassem da mulher que ousava reclamar.
3. Adúlteras eram torturadas
Se uma mulher casada ousava dormir com outro homem, tudo acabava. Um homem romano, sob certas circunstâncias, teria o direito de matar sua esposa se ele a pegasse na cama com outro. Mesmo os puritanos que colonizaram a América tomaram a abordagem bíblica e legalmente toleravam assassinar adúlteras.
Novamente, porém, foram os homens medievais que fizeram as piores coisas. Eles não se contentavam em matar suas esposas – queriam que elas sofressem. Na época medieval, eles tinham um dispositivo chamado “estripador de peito”, que eles usavam em mulheres que tinham casos – e que faz exatamente o que o nome diz.
É uma tortura horrível – e nem sequer se limitava ao adultério. Uma mulher poderia ser condenada ao estripador apenas por ter um aborto.
2. Mulheres mortas com seus maridos
Até o século 19, era esperado que uma mulher na Índia que perdia seu marido subisse em sua pira funerária e fosse queimada até a morte junto com ele. Às vezes, durante a guerra, as mulheres deveriam fazer isso mesmo antes de seus maridos morrerem. Se um cerco estava indo mal, todas as mulheres da aldeia queimavam-se vivas e levavam seus filhos com elas.
Os maridos apenas olhavam enquanto suas famílias queimavam. Então, pela manhã, eles passariam as cinzas de suas esposas em seus rostos e iriam para a guerra. As mulheres se matavam apenas para dar aos maridos um pouco mais de motivação.
A princípio, os colonizadores britânicos mantiveram a “tradição”. Apenas em 1829 a prática foi proibida pelos ingleses. Entretanto, a Sati – nome dada à tradição – era tão comum na cultura indiana que o governo do país decidiu promulgar uma lei em 1988 proibindo qualquer tipo de propaganda ou glorificação do ato.
1. As mulheres passaram por isso desde o começo da humanidade
Mesmo antes da história registrada, os primeiros casamentos eram extremamente unilaterais. Os arqueólogos que procuravam restos pré-históricos na África encontraram evidências de que os homens ficavam em um só lugar durante toda a vida – mas todas as mulheres nasceram em lugares diferentes.
Isso significa que mesmo os homens das cavernas tinham relações unilaterais, fazendo com que suas novas esposas mudassem para suas casas quando começassem uma família. Mais importante, torna altamente provável que estas mulheres não iam até lá consensualmente. Provavelmente, elas eram sequestradas de suas famílias em outras tribos e arrastadas para as camas de seus captores.
Fonte: http://hypescience.com/violencia-mulheres/
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