Uma professora casada pode tornar-se na primeira mulher a ser ordenada sacerdote numa igreja anglicana que situa perto do Vaticano, escreve a BBC. Bento XVI opõe-se à nomeação de mulheres para sacerdotes e João Paulo II chegou mesmo a proibir a discussão pública do assunto.
Maria Longhitano, que pertence à Igreja Vétero-Católica - movimento católico independente e não reconhecido pelo Vaticano - disse esperar que a sua ordenação como sacerdotisa ajude a diminuir o preconceito em relação às mulheres na Igreja.
De acordo com o correspondente da BBC Robert Pigott, a medida deve reacender o debate sobre o papel das mulheres na Igreja Católica.
O Papa Bento XVI opõe-se totalmente à nomeação de mulheres sacerdotisas e o seu antecessor, João Paulo II, proibiu mesmo que o tema fosse discutido publicamente. Em 2002, quando sete mulheres católicas romanas foram ordenadas extra-oficialmente como sacerdotisas, foram imediatamente excomungadas pela Igreja, escreve ainda a BBC.
Segundo Pigott, apesar de Longhitano não se tornar uma sacerdotisa católica romana, a sua ordenação na igreja anglicana é motivo de desconforto para o Vaticano.
A BBC explica ainda que os vétero-católicos entraram em ruptura com o Vaticano no século XIX por colocarem em causa o dogma da Imaculada Conceição e da Infalibilidade Papal.
Estes consideram questões como as relações homossexuais e a contracepção algo pessoal e permitem a nomeação de mulheres como sacerdotisas desde 1996.
SOL/Notícias Cristãs
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