De acordo com documentário da BBC, uma norte-americana descobriu na adolescência que era geneticamente homem. Katie tem uma patologia rara, a síndrome da insensibilidade ao androgênio, que foi diagnosticada quando ela foi submetida a uma operação de hérnia aos seis anos de idade.
Os cirurgiões descobriram que ela tinha um testículo não aparente e não possuía ovários ou útero, apesar de ter uma vagina.
Por não reagir ao androgênio (hormônio que define características masculinas), ela se desenvolveu como menina.
‘Eu tenho aparência feminina, tenho um corpo de mulher normal, mas em vez de ter cromossomos XX como uma mulher típica, eu tenho cromossomos XY como um homem comum’, diz Katie no programa ‘Me, my sex and I’, do canal BBC One na Grã-Bretanha.
Os pais de Katie são médicos e ao se aprofundarem no assunto aprenderam que não era recomendável informar à filha que ela tinha essa condição sexual, pois a notícia seria tão impactante que ela poderia cometer suicídio.
Quando Katie completou 18 anos os pais contaram toda a verdade. “Eu fiquei muito assustada. Eu não estava preparada para pensar em mim como totalmente e irreversivelmente diferente de qualquer outra mulher. Eu ficava pensando se alguém iria me amar ou se eu era tão diferente que não poderia ser amada”, disse ela.
Katie teve o testículo removido, passou a ingerir medicamentos para equilibrar seus hormônios e começou a frequentar um grupo para mulheres com a mesma disfunção.
“Eu acho que temos definições muito inadequadas do que é sexo, mas com base no que temos, não posso dizer que sou homem ou mulher em termos de sexo, apesar de minha identidade de gênero ser feminina”, diz Katie.
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