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domingo, 11 de março de 2012
MULHER QUE ESTAR NO TOPO NA DINAMARCA
Helle Thorning-Schmidt | |
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Helle Thorning-Schmidt | |
Primeiro-ministro da Dinamarca | |
Mandato | 3 de outubro de 2011 atéatualidade |
Antecessor(a) | Lars Løkke Rasmussen |
Sucessor(a) | - |
Líder do Partido Social-Democrata | |
Mandato | 2005 |
Antecessor(a) | Mogens Lykketoft |
Vida | |
Nascimento | 14 de Dezembro de1966 (45 anos) Rødovre, Dinamarca |
Marido | Stephen Kinnock |
Partido | Socialdemokratiet |
Profissão | Política |
MULHER QUE ESTAR NO TOPO NA ÍNDIA
Pratibha Patil | |
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12º presidente da Índia | |
Mandato | 25 de julho de 2007 a atualidade |
Vice-presidente | Mohammad Hamid Ansari |
Antecessor(a) | A. P. J. Abdul Kalam |
Governadora do Rajastão | |
Mandato | 8 de novembro de 2004 a 23 de julho de 2007 |
Antecessor(a) | Madan Lal Khurana |
Sucessor(a) | A. R. Kidwai |
Vida | |
Nome completo | Pratibha Devisingh Patil |
Nascimento | 19 de Dezembro de 1934 (77 anos) Nadgaon, Maharashtra Índia |
Nacionalidade | Indiana |
Partido | Partido do Congresso |
Religião | Hindu |
Profissão | Advogada |
Residência | Rashtrapati Bhavan |
MULHER QUE ESTAR NO TOPO NA LIBÉRIA
Ellen Johnson-Sirleaf | |
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24º presidente da Libéria | |
Mandato | 17 de janeiro de 2006 a atualidade |
Vice-presidente | Joseph Nyumah Boakai |
Antecessor(a) | Charles Gyude Bryant |
Sucessor(a) | — |
Vida | |
Nascimento | 29 de outubro de 1938 (73 anos) |
Primeiro-cavalheiro | James Sirleaf[1] |
Partido | Unity Party |
Profissão | Economista |
A MULHER QUE ESTAR NO TOPO DO MUNDO NA AUSTRÁLIA
Julia Gillard | |
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Julia Gillard | |
27.º Primeiroª da Austrália | |
Mandato | 24 de junho de 2010 atéactual |
Vice-presidente | Wayne Swan |
Antecessor(a) | Kevin Rudd |
Sucessor(a) | no cargo |
Vida | |
Nascimento | 29 de Agosto de1961 (50 anos) Barry, Reino Unido |
Partido | Partido Independente com apoio do Partido Trabalhista |
Profissão | Política |
Assinatura |
ME CHAMEM DE VELHA
ME CHAMEM DE VELHA
A velhice sofreu uma cirurgia plástica na linguagem
ELIANE BRUM
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ELIANE BRUM Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de um romance - Uma Duas (LeYa) - e de três livros de reportagem: Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago
Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo). E codiretora de dois documentários: Uma História Severina e Gretchen Filme Estrada.
Na semana passada, sugeri a uma pessoa próxima que trocasse a palavra “idosas” por “velhas” em um texto. E fui informada de que era impossível, porque as pessoas sobre as quais ela escrevia se recusavam a ser chamadas de “velhas”: só aceitavam ser “idosas”. Pensei: “roubaram a velhice”. As palavras escolhidas – e mais ainda as que escapam – dizem muito, como Freud já nos alertou há mais de um século. Se testemunhamos uma epidemia de cirurgias plásticas na tentativa da juventude para sempre (até a morte), é óbvio esperar que a língua seja atingida pela mesma ânsia. Acho que “idoso” é uma palavra “fotoshopada” – ou talvez um lifting completo na palavra “velho”. E saio aqui em defesa do “velho” – a palavra e o ser/estar de um tempo que, se tivermos sorte, chegarão para todos.
Desde que a juventude virou não mais uma fase da vida, mas uma vida inteira tem convivido com essas tentativas de tungar a velhice também no idioma. Vale tudo. Asilo virou casa de repouso, como se isso mudasse o significado do que é estar apartado do mundo. Velhice virou terceira idade e, a pior de todas, “melhor idade”. Tenho anunciado a amigos e familiares que, se alguém me disser, em um futuro não tão distante, que estou na “melhor idade”, vou romper meu pacto pessoal de não violência. O mesmo vale para o primeiro que ousar falar comigo no diminutivo, como se eu tivesse voltado a ser criança. Insuportável.
A velhice é o que é. É o que é para cada um, mas é o que é para todos, também. Ser velho é estar perto da morte. E essa é uma experiência dura, duríssima até, mas também profunda. Negá-la é não só inútil como uma escolha que nos rouba alguma coisa de vital. Semanas atrás, em um programa de TV, o entrevistador me perguntou sobre a morte. E eu disse que queria viver a minha morte. Ele talvez não tenha entendido, porque afirmou: “Você não quer morrer”. E eu insisti na resposta: “Eu quero viver a minha morte”.
Na adolescência, eu acalentava a sincera esperança de que algum vampiro achasse o meu pescoço interessante o suficiente para me garantir a imortalidade. Mas acabei aceitando que vampiros não existem, embora circulem muitos chupadores de sangue por aí. Isso só para dizer que é claro que, se pudesse escolher, eu não morreria. Mas essa é uma obviedade que não nos leva a lugar algum. Que ninguém quer morrer, todo mundo sabe. Mas negar o inevitável serve apenas para engordar o nosso medo sem que aprendamos nada que valha a pena.
A morte tem sido roubada de nós. E tenho tomado providências para que a minha não seja apartada de mim. A vida é incontrolável e posso morrer de repente. Mas há uma chance razoável de que eu morra numa cama e, nesse caso, tudo o que eu espero da medicina é que amenize a minha dor. Cada um sabe do tamanho de sua tragédia, então esse é apenas o meu querer, sem a pretensão de que a minha escolha seja melhor que a dos outros. Mas eu gostaria de estar consciente, sem dor e sem tubos, porque o morrer será minha última experiência vivida. Acharia frustrante perder esse derradeiro conhecimento sobre a existência humana. Minha última chance de ser curiosa.
Há uma bela expressão que precisamos resgatar cujo autor não conseguiu localizar: “A morte não é o contrário da vida. A morte é o contrário do nascimento. A vida não tem contrários”. A vida, portanto, inclui a morte. Por que falo da morte aqui nesse texto? Porque a mesma lógica que nos roubou a morte sequestrou a velhice. A velhice nos lembra da proximidade do fim, portanto acharam por bem eliminá-la. Numa sociedade em que a juventude é não uma fase da vida, mas um valor, envelhecer é perder valor. Os eufemismos são a expressão dessa desvalorização na linguagem.
Não, eu não sou velho. Sou idoso. Não, eu não moro num asilo. Mas numa casa de repouso. Não, eu não estou na velhice. Faço parte da melhor idade. Tenho muito medo dos eufemismos, porque eles soam bem intencionados. São os bonitinhos, mas ordinários da língua. O que fazem é arrancar o conteúdo das letras que expressam a nossa vida. Justo quando as pessoas têm mais experiências e mais o que dizer, a sociedade tenta confiná-las e esvaziá-las também no idioma.
Chamar de idoso aquele que viveu mais é arrancar seus dentes na linguagem. Velho é uma palavra com caninos afiados – idosa é uma palavra banguela. Velha é letra forte. Idoso é fisicamente débil, palavra que diz de um corpo, não de um espírito. Idoso fala de uma condição efêmera, velho reivindica memória acumulada. Idoso pode ser apenas “ido”, aquele que já foi. Velho é – e está. Alguém vê um Boris Schnaiderman, uma Fernanda Montenegro e até um Fernando Henrique Cardoso como idosos? Ou um Clint Eastwood? Não. Eles são velhos.
Idoso e palavras afins representam a domesticação da velhice pela língua, a domesticação que já se dá no lugar destinado a eles numa sociedade em que, como disse alguém, “nasce-se adolescente e morre-se adolescente”, mesmo que com 90 anos. Idosos são incômodos porque usam fraldas ou precisam de ajuda para andar. Velhos incomodam com suas ideias, mesmo que usem fraldas e precisem de ajuda para andar. Acredita-se que idosos necessitam de recreacionistas. Acredito que velhos desejam as recreacionistas. Idosos morrem de desistência, velhos morrem porque não desistiram de viver.
Basta evocar a literatura para perceber a diferença. Alguém leria um livro chamado “O idoso e o mar”? Não. Como idoso o pescador não lutaria com aquele peixe. Imagine então essa obra-prima de Guimarães Rosa, do conto “Fita Verde no Cabelo”, submetida ao termo “idoso”: “Havia uma aldeia em algum lugar, nem maior nem menor, com velhos e velhas que velhavam...”.
Velho é uma conquista. Idoso é uma rendição.
Como em 2012 passei a estar mais perto dos 50 do que dos 40, já começo a ouvir sobre mim mesma um outro tipo de bobagem. O tal do “espírito jovem”. Envelhecer não é fácil. Longe disso. Ainda estou me acostumando a ser chamada de senhora sem olhar para os lados para descobrir com quem estão falando. Mas se existe algo bom em envelhecer, como já disse em uma coluna anterior, é o “espírito velho”. Esse é grande.
Vem com toda a trajetória e é cumulativo. Sei muito mais do que sabia antes, o que significa que sei muito menos do que achava que sabia aos 20 e aos 30. Sou consciente de que tudo – fama ou fracasso – é efêmero. Me apavoro bem menos. Não embarco em qualquer papinho mole. Me estatelei de cara no chão um número de vezes suficiente para saber que acabo me levantando. Tento conviver bem com as minhas marcas. Conheço cada vez mais os meus limites e tenho me batido para aceitá-los. Continua doendo bastante, mas consigo lidar melhor com as minhas perdas. Troco com mais frequência o drama pelo humor nos comezinhos do cotidiano. Mantenho as memórias que me importam e jogo os entulhos fora. Torço para que as pessoas que amo envelheçam porque elas ficam menos vaidosas e mais divertidas. E espero que tenha tempo para envelhecer muito mais o meu espírito, porque ainda sofro à toa e tenho umas cracas grudadas à minha alma das quais preciso me livrar porque não me pertencem. Espero chegar aos 80 mais interessante, intensa e engraçada do que sou hoje.
Envelhecer o espírito é engrandecê-lo. Alargá-lo com experiências. Apalpar o tamanho cada vez maior do que não sabemos. Só somos sábios na juventude. Como disse Oscar Wilde, “não sou jovem o suficiente para saber tudo”. Na velhice havemos de ser ignorantes, fascinados pelas dimensões cada vez mais superlativas do que desconhecemos e queremos buscar. É essa a conquista. Espírito jovem? Nem tentem.
Acho que devíamos nos rebelar. E não permitir que nos roubem nem a velhice nem a morte, não deixar que nos reduzam a palavras bobas, à cosmética da linguagem. Nem consentir que calem o que temos a dizer e a viver nessa fase da vida que, se não chegou, ainda chegará. Pode parecer uma besteira, mas eu cometo minha pequena subversão jamais escrevendo a palavra “idoso”, “terceira idade” e afins. Exceto, claro, se for para arrancar seus laços de fita e revelar sua indigência.
Quando chegar a minha hora, por favor, me chamem de velha. Me sentirei honrada com o reconhecimento da minha força. Sei que estou envelhecendo, testemunho essa passagem no meu corpo e, para o futuro, espero contar com um espírito cada vez mais velho para ter a coragem de encerrar minha travessia com a graça de um espanto.
(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)
MAYRA AGUIAR: “COM ESSE PRIMEIRO LUGAR, A GENTE VIU QUE É POSSÍVEL”
Aos 20 anos, a judoca chegou ao topo do ranking mundial. A conquista revela o bom momento do judô feminino no Brasil
RAFAEL CISCATI
A gaúcha Mayra Aguiar era a caçula da delegação brasileira nos Jogos de Pequim em 2008. Aos 16 anos, a judoca seguia para sua primeira disputa olímpica. Apesar da pouca idade, pesavam a seu favor alguns anos de experiência – ela começou a treinar aos seis. Ainda naquele ano, Mayara já havia conquistado a medalha de ouro em uma das estapas da Copa do Mundo de Judô, depois de vencer, por ippon, adversários difíceis, como a italiana Ylenia Scapin (em 2008, Ylenia já somava dois bronzes em Olimpíadas e 11 medalhas de ouro em Copas do Mundo). O feito fez de Mayra um dos destaques do jornal britânico The Guardian, que a colocou em sua lista de jovens promessas para o esporte olímpico.
E a atleta não desapontou: 4 anos depois, Mayra alcançou o topo do ranking mundial em sua categoria (até 78 kg). A posição, garantida após a vitória no Grand Slam de Paris, em fevereiro, pegou a judoca de surpresa. Apesar de feliz, ela continua a treinar duro: “Acho que ali, na Olimpíada, todo mundo tem chances iguais de medalhar. E quem tiver mais cuidado com os detalhes é que vai ter vantagem”.
E a atleta não desapontou: 4 anos depois, Mayra alcançou o topo do ranking mundial em sua categoria (até 78 kg). A posição, garantida após a vitória no Grand Slam de Paris, em fevereiro, pegou a judoca de surpresa. Apesar de feliz, ela continua a treinar duro: “Acho que ali, na Olimpíada, todo mundo tem chances iguais de medalhar. E quem tiver mais cuidado com os detalhes é que vai ter vantagem”.
Em 2011, o judô feminino trouxe 2 medalhas de prata e dois bronzes do Pan-Americano de Guadalajara, mas deixou escapar o ouro. O desempenho desapontou a técnica da seleção brasileira, Rosicleia Campos, que ressaltou o bom nível técnico das atletas. Em 2012, o Brasil leva, pela primeira vez, uma equipe feminina completa para uma Olimpíada. E com atletas bem classificadas no ranking – além de Mayra, na primeira posição, há Sarah Menezes, 3º no ranking até 48 kg, e Erika Miranda, 6ª na categoria até 52 kg. A equipe vai animada. O sentimento geral é de que o judô feminino vive seu melhor momento: “Com esse primeiro lugar, a gente viu que é possível”, diz Mayra.
ÉPOCA - Você começou a treinar muito cedo, competiu em Pequim com apenas 16 anos. O que você faria se não fosse judoca?
Mayra Aguiar - Comecei aos 6 anos. Com certeza, se eu não estivesse no judô, eu estaria em outro esporte. Mudou completamente minha vida, toda a minha rotina é voltada para os treinos.
ÉPOCA - O primeiro lugar no ranking te pegou de surpresa?
Mayra Aguiar - Pegou. Pior que pegou. Porque eu acompanhava mas não ficava ali, fazendo as contas. Então, quando chegou a notícia, me pegou de surpresa.
Mayra Aguiar - Pegou. Pior que pegou. Porque eu acompanhava mas não ficava ali, fazendo as contas. Então, quando chegou a notícia, me pegou de surpresa.
ÉPOCA - Essa posição faz aumentar a pressão por medalha?
Mayra Aguiar - Eu acho que ali, na Olimpíada, todo mundo tem chances iguais de medalhar. E quem tiver mais cuidado com os detalhes é que vai ter vantagem. Então eu tento levar não como uma pressão, mas como um estímulo.
Mayra Aguiar - Eu acho que ali, na Olimpíada, todo mundo tem chances iguais de medalhar. E quem tiver mais cuidado com os detalhes é que vai ter vantagem. Então eu tento levar não como uma pressão, mas como um estímulo.
ÉPOCA - Caso continue como número 1, você pode enfrentar a segunda no ranking, a japonesa Akari Ogata, em uma possível final. Como você está se preparando para o confronto?
Mayra Aguiar - Eu nunca a venci. A gente faz um treinamento técnico voltado para cada adversário e as 5 primeiras acabam sendo analisadas.
Mayra Aguiar - Eu nunca a venci. A gente faz um treinamento técnico voltado para cada adversário e as 5 primeiras acabam sendo analisadas.
ÉPOCA - Mas suas lutas costumam ser rápidas. A semifinal em Paris veio com pouco mais de 1 minuto contra uma adversária difícil.
Mayra Aguiar - Eu vou bastante em busca do ippon. Isso é uma coisa que a gente treina bastante e vai para a competição. Mas sempre tem aquelas lutas duras, como a com a americana [Kayla Harrison], que vão até o final. A gente se conhece bem, se enfrentou antes, então é uma luta bem travada.
ÉPOCA - Além da Ogata, há outros adversários fortes? Que atletas você tem estudado?
Mayra Aguiar - A americana [Kayla Harrison] e a francesa [Audrey Tcheum].
ÉPOCA - Como vai ser a preparação daqui até Londres?
Mayra Aguiar - Não vai mudar do que a gente estava fazendo antes. São 4 horas de treino por dia. Teria também um treinamento fora do Brasil e alguma competição internacional. E tem o Pan-americano no Canadá.
Mayra Aguiar - Não vai mudar do que a gente estava fazendo antes. São 4 horas de treino por dia. Teria também um treinamento fora do Brasil e alguma competição internacional. E tem o Pan-americano no Canadá.
ÉPOCA - Você já sabe onde vai ser o treino fora do Brasil?
Mayra Aguiar - Não, a gente ainda não sabe onde vai ser. Mas vai ter um treino internacional e o Pan-Americano em abril.
Mayra Aguiar - Não, a gente ainda não sabe onde vai ser. Mas vai ter um treino internacional e o Pan-Americano em abril.
ÉPOCA - O Brasil, pela primeira vez, leva uma equipe completa no judô feminino para os Jogos. Como está o clima entre as atletas?
Mayra Aguiar - Está super bom. Acho que o judô feminino vem evoluindo muito. E a gente está muito animada, sempre dando força uma a outra, a conquista de uma é sempre uma conquista de todas. E agora, com esse primeiro lugar, a gente viu que é possível.
ÉPOCA - Ao final de uma vitória [na final do Masters de Judô, no Cazaquistão, em Janeiro], você comemorou dançando “Ai se eu te pego”, e isso trouxe alguns problemas com o namorado.
Mayra Aguiar - [Risos] Ele riu até. Deve ter achado engraçado. Devem ter sacaneado ele: ‘ah, ela ta lá, fazendo ai se eu te pego para a arquibancada’.
ÉPOCA - A comemoração em Londres vai vir acompanhada por mais Michel Teló?
Mayra Aguiar - Ah, não. Londres, se eu vencer, já falei para ele, vai ter até pirueta
ÉPOCA - A equipe brasileira é brincalhona?
Mayra Aguiar - Ah, é. É bastante descontraída. São competições complicadas, tem gente que perde peso até, então precisa ter essa harmonia na equipe.
ÉPOCA - O judô feminino voltou sem o ouro em Guadalajara, apesar de, segundo a equipe técnica, estar bem preparada para a competição. O que houve?
Mayra Aguiar - Acho até que a equipe feminina não foi muito bem. Mas é uma competição mais complicada para o feminino, porque tem as cubanas, que são muito fortes e, na minha categoria, tem a americana. E até nos levaram no clima ‘esse não é o objetivo, o objetivo é Londres’. Então a gente não chegou com uma antecedência muito grande. Mas dei meu máximo lá. Tem que levar como uma bagagem.
ÉPOCA - O Leandro Guilheiro destacou a carga emocional dos Jogos como um dos principais adversários dos atletas. Como andam os nervos para Londres?
Mayra Aguiar - Estou super bem como estou, com o que está acontecendo. Mas sei também que é uma competição complicada e que, se não der, não vai ser a última competição.
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