Um Dom do Criador
Embora a palavra “sexo” não apareça na Bíblia, a linguagem bíblica descreve o plano de Deus para o comportamento sexual humano, inclusive para a geração de uma descendência e para o prazer sexual no casamento. O sexo foi planejado pelo Criador como um presente especial, que permite ao marido e à esposa expressarem sua unidade em amor íntimo e exclusivo e compartilhar do plano dele para a procriação. Os impulsos sexuais são dados por Deus como um meio de atingir o êxtase natural mais elevado que o corpo humano pode experimentar.
Eles são destrutivos apenas quando estão fora de controle ou são mal utilizados.
Existem passagens que valorizam o sexo e que o celebram com alegria (Gn 18. 12; 26.8; Ct 4. 1 – 16); outras recomendam abstinência da atividade sexual (Êxodo 19. 15; I Sm 21. 4, 5). Os desvios sexuais são claramente condenados: homossexualismo (Lv 18. 22; Rm 1. 26 – 27; I Co 6. 9, 10); bestialidade (Êx 22. 19; Lv 18. 23); incesto (Lv 18. 6 -18; I Co 5. 1 – 13); estupro (Dt 22. 23 – 29); prostituição (Pv 7. 1 – 27; 29. 3). Qualquer relacionamento sexual íntimo fora dos limites de fidelidade impostos pelo pacto de casamento monogâmico é condenado como imoralidade sexual (Êx 20. 14; Dt 22. 22; I Co 6. 9 – 10). A alternativa é o dom do celibato (Mt 19. 12; I Co 7. 7) os cristãos devem exercitar o domínio próprio para superar os impulsos sexuais inadequados, não pelo ascetismo (Gl 5. 16 – 25; I Tm 4. 1 – 5), mas pelo poder do Espírito Santo.
Alguns fatos a respeito do sexo devem ser lembrados:
1. O sexo é dádiva de Deus (Gn 2. 18). Satanás nada pode oferecer à sexualidade senão distorção e vazio. A discussão franca sobre o sexo não é errada em si mesma, mas se torna errada quando essas discussões se dão fora do contexto divinamente determinada.
2. O sexo entre um homem e uma mulher é diferente do sexo entre os animais (Gn 2. 19 – 20). A sexualidade humana tem um propósito específico além da procriação.
3. A relação sexual é uma união total e, portanto, poderosa e misteriosa (Gn 2. 21 – 23). Deus fez dois de um, e os dois não estão completos enquanto não estiverem reunidos. (A exceção a esse conceito seria quando Deus concede o dom do celibato.)
4. O sexo é regulamentado e intencional (Gn 2. 24 – 25). Deus mesmo estabeleceu os limites (Mt 19. 4 – 6). Qualquer coisa aquém desse compromisso total e exclusivo entre marido e esposa é frustrante e destrutivo.
5. Deus aprova os relacionamentos em que marido e esposa atendem suas necessidades físicas no relacionamento sexual (Pv 5. 15, 18 – 19). Tanto o marido como a esposa têm necessidades sexuais que devem ser atendidas no casamento (I Co 7. 3), e cada um deve atender as necessidades do outro e não as próprias.
Os objetivos da intimidade sexual são os seguintes:
§ Conhecimento (Gn 4, 1);
§ União (Gn 2. 24);
§ Consolo (Gn 24. 67);
§ Procriação (Gn 1. 28);
§ Relaxamento e diversão (Ct 2. 8 – 17; 4. 1 – 16); e
§ Defesa contra a tentação (I Co 7. 2 – 5).
O marido é ordenado que encontre satisfação (Pv 5. 19) e alegria (Ec 9. 9) com a esposa e que se preocupe em atender a suas necessidades exclusivas (Dt 24. 5; I Pe 3. 7). A esposa é responsável pela disponibilidade (I Co 7. 3 – 5), preparação e planejamento (Ct 4. 9), interesse (v. 16; Ct 5. 2) e sensibilidade às singulares necessidades masculinas (Gn 24. 67).
Fonte: Bíblia da Mulher. [Livro de Cantares de Salomão}