ABORTO NOS CASOS DIFÍCEIS: UM TESTE PARA OS
LÍDERES EVANGÉLICOS?
Julio
Severo
A Bíblia diz que em determinada
situação da vida do rei Ezequias, quando um grupo de pessoas importantes da
Babilônia o visitou, “Deus o desamparou, para tentá-lo, para saber tudo
o que havia no seu coração.” (2 Crônicas 32:31 RC)
Deus deixou de dirigi-lo diretamente,
durante a visita do grupo, a fim de ver como o rei Ezequias, no desempenho de
suas funções políticas, reagiria e como ele usaria todo o conhecimento e
experiência bíblica que ele já possuía. Deus queria testar o coração dele.
Será que Deus pode também testar o
coração dos seus líderes políticos hoje diante de grupos com intenções ocultas?
Claro que sim.
Há numerosas evidências demonstrando
que grupos bem financiados estão lutando para ampliar as leis de aborto no
Brasil. Como sempre, eles se utilizam de casos complicados, manipulando-os de
tal forma que o público é levado a apoiar o aborto em determinadas situações. É
o que está acontecendo no debate sobre os bebês anencefálicos, crianças que
nascem sem cérebro, mas não sem alma ou espírito.
Não é de estranhar que pessoas do mundo
queiram a morte e destruição dessas crianças. O mundo está fazendo e apoiando
muitas coisas estranhas, desde a queda de Adão.
O que é realmente bizarro é que líderes evangélicos estejam assumindo uma postura que nada tem a ver com o chamado de Jesus. O próprio Jesus declarou que veio para trazer vida em abundância (veja João 10:10). É de supor que tal abundância de vida não tem nenhum espaço para a morte. Pelo contrário, onde há morte e doença, Jesus traz cura, restauração e vida.
O que é realmente bizarro é que líderes evangélicos estejam assumindo uma postura que nada tem a ver com o chamado de Jesus. O próprio Jesus declarou que veio para trazer vida em abundância (veja João 10:10). É de supor que tal abundância de vida não tem nenhum espaço para a morte. Pelo contrário, onde há morte e doença, Jesus traz cura, restauração e vida.
Contudo, avaliando pelas declarações e
opiniões pessoais de alguns pastores, o mundo não mais creria que Jesus veio
para trazer vida em abundância. Com tal testemunho incorreto deles, o mundo e
até muitos crentes poderiam chegar à conclusão errônea de que, nos casos de
bebês anencefálicos ou concebidos no ato injusto de um estupro, Jesus veio para
trazer morte e destruição.
Declarações
biblicamente estranhas
O Jornal da Câmara,
publicado pela Câmara dos Deputados de Brasília, faz o seguinte comentário
sobre o Dep. João Batista, da Igreja Universal do Reino de Deus:
O deputado João
Batista (PFLSP) parabenizou o ministro Marco Aurélio de
Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), por
conceder liminar autorizando a interrupção da
gestação quando existir laudo médico que ateste a
anencefalia do feto, independentemente de a gestante dispor
de ordem judicial… A autorização, na opinião do
parlamentar, além de suprimira angústia e a frustração da
gestante, mantém sua integridade física. “Sou pastor evangélico,
no entanto, não posso misturar as coisas aqui. A vida humana e
o bem-estar da população são muito mais importantes do que
o apego a crenças sem que se olhe o contexto”. [1]
Outros líderes evangélicos também
demonstram a mesma postura a favor da “interrupção da gravidez”, termo suave
utilizado comumente para encobrir a expressão clara do aborto propositado. Em
sua edição de 18 de julho de 2004, o jornal Folha
Universal (órgão oficial da Igreja Universal), um bispo destaca seu
apoio ao aborto nos casos em que um bebê é anencefálico ou foi concebido em
situação de estupro. Ele diz:
A posição da Igreja
Universal é sempre a favor da qualidade de vida e do bem-estar das pessoas. Nós
entendemos que há casos em que a interrupção da gravidez é a atitude certa
a ser tomada”.[2]
Provavelmente, esse bispo não sabe que
o termo qualidade de vida também era empregado pelos nazistas para
amparar sua ideologia de aborto e eutanásia, primeiramente utilizando os casos
mais extremos para poderem promover sua ética de destruição, com todas as consequências
hoje muito bem conhecidas. O que é espantoso é que uma igreja que se diz
evangélica defenda o aborto em alguns casos, contrariando frontalmente o mandamento
claro de Deus: Não Matarás. Nesse mandamento, Deus nunca abriu uma
exceção sobre a vida humana inocente. Ele jamais disse
que a destruição de um ser humano é proibida, menos nos casos em
que um ser humano não tem uma qualidade de vida. O mandamento se refere apenas
à proteção da vida em si, não à sua qualidade. Deus dá a vida e, com nossa
abertura, vem dele a qualidade. A qualidade em si pode ser buscada, mas jamais
usada como pretexto para destruir.
Nazismo e a
questão da “qualidade de vida”
Os grupos pró-aborto, velhos aliados da
causa da eutanásia, sempre agiram de maneira ardilosa. Em seus argumentos a
favor da legalização do aborto, eles usam os casos raros e excepcionais para
ganhar a simpatia do público e dos legisladores. Foi assim que eles conseguiram
tornar o aborto legal nos EUA e na Europa: se concentrando na questão dos bebês
em gestação com defeitos congênitos ou das mulheres que engravidam como consequência
de estupro ou incesto. Hoje mais de 1 milhão de crianças são
abortadas anualmente só nos EUA, e a maioria absoluta desses abortos não tem
nada a ver com estupro, com incesto ou com defeitos congênitos, etc. Tem a ver
simplesmente com os desejos da mãe.
O que poderia acontecer se até mesmo os
políticos cristãos — a exemplo dos líderes da Universal — começassem a
estimular o Brasil a abraçar leis de destruição de seres humanos sem
qualidade de vida? Em 1922 na Alemanha, muito antes de o nazismo
começar seu avanço, o jurista Karl Binding e o psiquiatra Alfred Hoche escreveram Legalizando
a Destruição da Vida Sem Valor. Esse livro tentava provar que o sustento
das pessoas inúteis causava despesas pesadas para o governo e para as famílias
e recomendava o aborto e a eutanásia para os deficientes físicos e mentais.
Nessa época respeitados homens da
classe médica, jurídica e psiquiátrica começaram a aceitar a idéia de que há
opções compassivas de eliminar os que, de acordo com a ética deles, tinham uma
vida que não produzia nada. Os médicos alemães, que eram considerados os mais
avançados do mundo, começaram a promover a noção de que o médico deveria ajudar
seus pacientes a morrer. A elite da classe médica defendia sterbehilfe,
que em alemão significa “ajuda para morrer”, para os doentes incuráveis e isso
era considerado wohltat, um ato misericordioso. [3]
Pouco tempo depois, com a alegação de
ajudar a solucionar definitivamente os casos mais graves de gravidez, as leis
alemãs passaram a permitir uma prática que decisivamente conduz à eutanásia: o
aborto médico. Sob a ditadura nazista, a Alemanha foi o primeiro país europeu a
legalizar o aborto. A nível mundial, a Rússia comunista foi o primeiro e a
Alemanha o segundo. O Código Penal Alemão de 1933 diz:
O médico pode
interromper a gravidez quando ela ameaça a vida ou a saúde da mãe e ele
pode matar um bebê (na barriga da mãe) que tem probabilidade de apresentar
defeitos hereditários e transmissíveis. [4]
Em seguida, veio a campanha preparando
a população para a aceitação de leis para solucionar os casos graves envolvendo
seres humanos que já haviam nascido. O primeiro caso de prática da eutanásia na
Alemanha foi o de um recém-nascido cego e deformado. O próprio pai pediu que
seu filho deficiente fosse morto, pois ele achava que uma vida com graves
deficiências físicas não tinha sentido e qualidade de vida. A triste condição
física do bebê foi amplamente divulgada pela imprensa. E muitos, aproveitando a
oportunidade, fizeram campanhas para ganhar o apoio do público para a
eutanásia. Em resposta a essas campanhas, Adolf Hitler autorizou um médico a dar
uma injeção letal no bebê. Esse caso passou a ser usado, com a colaboração de
alguns pediatras, para matar todos os recém-nascidos que tinham algum defeito.
Logo os doentes mentais de todas as idades foram colocados na categoria de
pessoas com vida inútil, e assim 275 mil pacientes alemães com
doenças mentais acabaram sendo cruelmente mortos.
Em 1935, o Dr. Arthur Guett,
Ministro da Saúde no governo nazista, disse:
Temos de acabar com o
conceito enganoso de “amor ao próximo”, principalmente com relação às pessoas
inferiores e aos que não têm uma vida social normal. É o supremo dever do
governo dar vida e meios de sobreviver somente para os que são saudáveis…[5]
Por longo tempo, as execuções foram
mantidas em segredo do povo por um sofisticado sistema de acobertamento. Tudo
ocorria de forma rotineira e profissional: os especialistas em psiquiatria
aprovavam os que deveriam ser sentenciados à morte e o governo cuidava do
resto. Basta mencionar que a única coisa que o povo sabia era que os pacientes
eram transportados para a Fundação de Caridade para a Assistência
Institucional, e não mais voltavam. Na verdade, eles eram levados para câmaras
de gás. A primeira câmara desse tipo foi projetada por professores de
psiquiatria de 12 importantes universidades alemãs. [6] Os
pacientes eram mortos com gás ou injeção letal na presença de especialistas
médicos, enfermeiras e psiquiatras. [7]
O programa de eutanásia havia se
tornado tão normal que os especialistas não viam mal algum em participar. O
Prof. Julius Hallervordern, famoso neuropatologista (tão conhecido que
determinada doença do cérebro leva seu nome: a doença de Hallervordern-Spatz)
solicitou ao escritório central do programa o envio de cérebros de vítimas de
eutanásia para seus estudos microscópicos. Enquanto as vítimas ainda estavam
vivas, ele dava instruções sobre como os cérebros deveriam ser removidos,
preservados e mandados para ele. Ao todo ele obteve das instituições
psiquiátricas de eutanásia mais de 600 cérebros de adultos e crianças.
[8]
As autoridades afirmavam manter o
programa de eutanásia por puras motivações humanitárias e sociais. Inicialmente
só os alemães tinham o “privilégio” de pedir ajuda médica para morrer, porque o
governo alemão não queria conceder esse ato de “compaixão” para os judeus, que eram
desprezados. É importante observar que os médicos alemães eram convidados, não
forçados, a participar desse programa. Os médicos jamais recebiam ordens de
matar pacientes psiquiátricos e crianças deficientes. Eles
recebiam autoridade para fazer isso, e cumpriam sua tarefa sem
protesto, muitas vezes por iniciativa própria. [9] Sua classe e literatura
os havia condicionado a ver tudo como normal.
Em setembro de 1939, entrou em
vigor a Ordem de Eutanásia de Hitler para toda a sociedade alemã:
A autoridade dos
médicos é aumentada para incluir a responsabilidade de aplicar uma morte
misericordiosa às pessoas que não têm cura. [10]
E em 1940 uma lei foi
proposta que dizia:
Qualquer paciente que
esteja sofrendo de uma doença incurável que leve à forte debilitação de si
mesmo ou de outros pode, mediante pedido explícito e com a permissão de um
médico especificamente nomeado, receber ajuda para morrer (sterbehilfe) de um médico.
[11]
Pouco tempo depois foram considerados
inúteis não só os doentes, os “indesejados sociais” e os opositores políticos,
mas também pessoas de outras raças e religiões. E assim começou o Holocausto
de 6 milhões de judeus, com suas tristes consequências até hoje.
Portanto, as atrocidades nazistas
começaram com “pequenas” medidas “compassivas” na área política, médica e legal
para permitir inicialmente a eliminação só de bebês e outros seres humanos com
grave deficiência mental ou física. Essas medidas funcionaram como uma bolinha
de neve que, quando desce do alto de uma grande montanha, vai aumentando de
volume até virar uma imensa e incontrolável ameaça de destruição a todas as
habitações humanas existentes no final da descida. A grande tragédia é que, no
princípio, as igrejas evangélicas alemãs participaram — juntamente com os meios
de comunicação — com seu apoio a essas “pequenas” medidas que foram adotadas
pelo governo nazista, deixando que um homossexual louco levasse a Alemanha à
sua total destruição durante a 2 Guerra Mundial. Hoje sabe-se, como
fato histórico devidamente comprovado, que Hitler e grande parte da cúpula
nazista escondiam convenientemente sua homossexualidade. [12]
Coincidentemente ou não, as mesmas
“pequenas” medidas “compassivas” são hoje de modo geral aceitas não só pela
Gaystapo, mas também por muitas igrejas espiritualmente desatentas que nada
enxergam de estranho ou conspiratório nas atitudes políticas, médicas e legais
para favorecer o aborto nas circunstâncias de bebês deficientes.
Logo que a 2 Guerra Mundial
terminou e o nazismo foi completamente derrotado, o aborto voltou a ser
proibido na Alemanha, menos no lado oriental, controlado pelos comunistas
soviéticos. Com a invasão soviética, a ditadura comunista impôs o aborto na
Alemanha Oriental, pois milhões de mulheres, moças e meninas alemãs ficaram à
mercê de milhares de selvagens soldados soviéticos. Elas foram, durante anos,
forçadas a servir os apetites sexuais dos estupradores comunistas, e o índice
de aborto alcançou o número assustador e espantosamente alto
de 2 milhões por ano! [13]
Assim como o nazismo, o comunismo
sempre esteve ligado ao aborto, isto é, a destruição da vida sem valor e
sem qualidade. Em toda a América Latina, Cuba possui a “distinção” de ter o
ditador que mais tempo está no poder. Como todo país comunista, Cuba não fugiu
à regra: foi a primeira nação latino-americana a legalizar o aborto. No Brasil,
a maioria dos projetos de lei a favor do aborto no Congresso é de autoria de
deputados de esquerda.
No princípio, tudo
era bom
Hoje os bispos da Igreja Universal
deixam claro sua aceitação da destruição, através do aborto, de certos bebês.
Entretanto, nem sempre foi assim. Em 1993 um jornal paulistano da
Igreja Universal declarava:
Segundo os ensinos
bíblicos, Deus deu o livre arbítrio a todos os seres humanos,
ou seja, a capacidade de cada um escolher o que deseja fazer com a própria
vida. Mas o direito de conceder ou retirar a vida de uma pessoa pertence
somente a Deus. Primeiro Samuel 2:6 diz: “O Senhor que tira
a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir”. Nenhum caso de
estupro, riscos de uma criança nascer com defeitos físicos ou mentais, dá
direito ao ser humano de retirar a vida de alguém. A Bíblia ensina que
tudo é possível ao que crê (Marcos 9:23). Portanto, os casos que aos olhos
da ciência parecem impossíveis, tornam-se possíveis sob os olhos de Deus. [14]
Em 1996, a Folha Universal dizia:
Esse procedimento
(aborto), muitas vezes inconsequente, além de provocar a morte de um pequeno
ser, que nem ao menos teve a chance de se defender, ainda pode levar a sua
praticante à morte. Ora, ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa.
[15]
Admirei tanto tal posição biblicamente
saudável que procurei maneiras de encorajar mais a Igreja Universal em seus
esforços para defender a vida humana. Tive o desejo de mandar ao
jornal Folha Universal materiais úteis sobre aborto, para que
pudessem escrever mais artigos éticos. Havia bons livros evangélicos sobre o
assunto, porém me faltavam recursos. A única assistência disponível que
consegui, sem nada pagar, foi de um amigo católico que distribuía um boletim
mensal sobre a questão do aborto e outros problemas éticos, como controle
populacional através de programas de controle da natalidade e camisinhas, etc.
Pela graça de Deus, tive maturidade
espiritual para aproveitar tudo o que era bom nesse boletim, sem nunca aceitar
nenhuma doutrina católica que fosse contrária aos meus princípios bíblicos. A
própria Palavra de Deus nos instrui que não precisamos rejeitar tudo o que é
útil, só porque a fonte não tem nossa espiritualidade: “Examinai tudo. Retende
o bem”. (1 Tessalonicenses 5:21 RC) Eu achava que os líderes da
Igreja Universal teriam a mesma capacidade cristã de avaliar tudo e ficar só
com o que é bom, porém não consegui perceber que, em sua oposição à Igreja
Católica, eles rejeitariam tudo o que viesse com algum tipo de rótulo católico,
mesmo que o conteúdo fosse bom e útil e nada tivesse a ver com as doutrinas
católicas com as quais, como evangélicos, não concordamos.
Mudança radical
Assim, a pedido meu, alguns setores da
Igreja Universal, inclusive seu jornal, começaram a receber esse boletim
em 1995 e 1996. A partir de então, comecei a ver a fúria deles
dirigida não só contra a Igreja Católica, mas também contra a chamada posição
pró-vida, que é a versão brasileira de pro-life, movimento cristão
americano — formado por evangélicos e católicos — que luta para defender os
bebês em gestação, procurando meios de derrubar leis de aborto. Ao que tudo
indica, analisaram todos os boletins, enviados a eles com tanta consideração e
carinho, e optaram por atacar a posição contrária ao aborto e outras questões,
pela simples e única razão que a fonte das informações era católica. Em sua
hostilidade anticatólica, preferiram atirar primeiro e fazer perguntas depois…
Na época, uma jornalista da TV Record —
emissora pertencente à Igreja Universal — visitou meu amigo católico para
conhecer seu trabalho em defesa da vida. Ele a recebeu de braços abertos, com
todo o respeito, permitindo que ela visse tudo o que quisesse. A jornalista
demonstrou interesse e elogio nas atividades e produtos voltados para defender
os bebês em gestação contra a ameaça do aborto. No entanto, quando saiu a
reportagem, o interesse e elogio deram lugar a denúncias e ataques, e meu amigo
até hoje não entende o motivo por que seu respeito e consideração pela TV
Record e sua jornalista não foram correspondidos.
Isolamento e desunião
Com o passar dos anos, a hostilidade
dos líderes da Igreja Universal, e seu abandono da luta contra o aborto, só foi
aumentando, a tal ponto que quando os deputados evangélicos no Congresso
Nacional se unem com parlamentares católicos para barrar projetos de lei
abortistas, os deputados da Universal optam por uma posição isolada dos
evangélicos. Aliás, recentemente quando toda a bancada evangélica no Congresso
se opôs à intenção do governo Lula de distribuir camisinhas para os alunos das
escolas públicas, os políticos da Universal mais uma vez se isolaram dos
evangélicos. Senti-me parcialmente responsável por tal mudança negativa, pois
em todas as posições éticas que tentei encorajar a Universal, a reação foi
oposta, com consequências hostis e fortemente negativas para importantes
projetos de interesse ético para todos os cristãos do Brasil. Se quando um
cristão está triste, todos ficam tristes, então quando um cristão assume um
posicionamento infeliz, todos os outros cristãos também ficam tristes. O que
nós evangélicos precisamos é de união, não isolamentos desse tipo, que geram
enfraquecimento perigoso no nosso testemunho diante do mundo. A divisão entre
líderes da Igreja Universal e outros líderes evangélicos no Congresso na
questão do aborto só favorece os grupos que lutam para promovê-lo.
“Mas Jesus conhecia
os pensamentos deles e disse: — O país que se divide em grupos que lutam entre
si certamente será destruído. E a cidade ou a família que se divide em grupos
que lutam entre si também será destruída”. (Mateus 12: 25 BLH)
A bancada evangélica no Congresso,
composta por parlamentares de diversas denominações, tem feito um trabalho
excelente em sua luta contra o aborto e o homossexualismo, e todos os deputados
evangélicos — de todas as denominações — deveriam respeitar e apoiar tal união
e esforço sincero. Jesus disse:
“Porque quem não é
contra nós é por nós”. (Marcos 9:40 RC)
Entretanto, quando o Congresso trata da
questão do aborto, invariavelmente a Folha Universal entra no
debate a partir de um ângulo “secular” que nada mais faz do que fomentar
justamente as forças políticas que há muito tempo lutam para que o ato médico
de matar um bebê em gestação se transforme em direito humano.
Ignorância
ou preconceito?
Mas no começo da década
de 1990 tudo era bem diferente. A Folha Universal manifestava
seu compromisso cristão, baseado na Bíblia, de defender os bebês em gestação
contra o aborto intencional. O clima começou a mudar depois de 1995,
quando a Igreja Católica publicou um documento que, com bases bíblicas certas,
condena o aborto propositado. Daí, a Universal entendeu que precisava trocar
sua postura e passou a tratar essa questão de modo radical. Em 1997,
a Folha Universal declarava num editorial intitulado A
Questão do Aborto:
Toda discussão que
alguns grupos estão promovendo, principalmente a Igreja Católica, não passa de
oportunismo para fortalecer suas posições, reestruturar suas bases e manter
acesa a chama da hipocrisia. [16]
Então, na visão da Universal, a luta
dos católicos contra o aborto não passa de oportunismo para manter
acesa a chama da hipocrisia. Essa declaração explica o motivo por que eles
têm se colocado em oposição a todos os pontos éticos tratados no boletim que
meu amigo enviava a eles por minha direta solicitação. Provavelmente, na
opinião deles o simples fato de o meu amigo pertencer à Igreja Católica o
tornava automaticamente culpado de fazer parte de algum complô papal para
destruir o mundo através de grupos católicos que lutam contra a legalização do
aborto.
Preocupa-me o fato de que agora que a
Igreja Católica publicou um documento contra o homossexualismo e o casamento
gay, os líderes da Universal resolvam novamente mudar de postura e tratar essa
questão de modo diferente.
Eu não concordo com certos ensinamentos
da Igreja Católica. Mas só por causa disso vou me radicalizar e me opor a tudo
o que os católicos dizem? Se um documento católico condena o aborto e o
homossexualismo com base na Bíblia, então precisarei aprovar essas práticas, só
para satisfazer preconceitos inúteis? Eu estaria demonstrando pura ignorância
se passasse a aceitar, de uma forma ou de outra, o homossexualismo e o aborto
só porque os católicos têm uma postura contrária!
Bom seria que os católicos seguissem a
Bíblia mais do que certos dogmas religiosos. Contudo, a ignorância deles em
algumas questões que nós evangélicos consideramos importantes não deveria nos
tornar ignorantes com relação ao que eles declaram corretamente. Na verdade, em
questões envolvendo homossexualismo, aborto e outros problemas éticos, não
temos necessidade alguma de seguir a Igreja Católica, ou a Igreja Universal.
Por que? Porque a Palavra de Deus é suficiente. Seguindo o que a Bíblia ensina,
podemos ter uma posição ética a favor da vida — e vida em abundância — porque o
próprio Jesus tem essa posição.
Enquanto vemos no meio dos próprios
evangélicos, um número cada vez maior de líderes e igrejas se posicionando a
favor do homossexualismo, aborto e outras perversões, por que deveria ser
considerado errado apoiar a corajosa posição católica contra essas perversões?
Sempre me esforcei para encorajar os
pastores evangélicos em seu importante trabalho de liderança. Foi por isso que
fiz tudo o que pude para que a Folha Universal e outros setores da
Igreja Universal recebessem mensalmente um excelente boletim católico contra o
aborto em meados da década de 1990, sem porém imaginar que a reação viesse
a ser tão preconceituosa e hostil contra os católicos. Na mesma época, também
enviei ao Caio Fábio longa carta, encorajando-o a tomar uma posição mais forte
em questões éticas como aborto, embora, nesse assunto, ele tivesse uma postura
relativamente boa. Só fui receber dele uma resposta muitos anos mais tarde,
quando ele leu uma mensagem minha denunciando as estranhas declarações dele
sobre a questão homossexual. Eis as declarações dele:
Os únicos
homossexuais que eu já vi serem “curados” são os que nunca foram.
Eu não tenho
dúvida de que em muito breve ficará definitivamente provado — já se
caminha com muita rapidez para isso— que a homossexualidade tem como fator
preponderante a genética.
Há pessoas homossexuais que nunca praticaram um único ato homossexual, mas nem por causa disso deixaram de ser. São os eunucos por amor ao Reino de Deus.
É uma pena que não
haja liberdade para as pessoas dizerem quem são. [17]
Com os argumentos estranhos que estamos
vendo da Igreja Universal sobre o aborto e do Caio Fábio sobre homossexualismo,
só dá para perguntar: O que está acontecendo com os evangélicos? É um paradoxo
bizarro: Enquanto o papa — com todas as suas imperfeições — está tomando uma
posição cada vez mais firme e bíblica contra o aborto e o homossexualismo,
certos líderes evangélicos — com todas as suas “perfeições” — tomam, cada vez
mais, o rumo oposto. A mudança deles tem sido tão radical que teme-se que algum
dia eles venham a desculpar sua apostasia ética com a alegação de que a
oposição ao aborto e ao homossexualismo é uma estratégia conspiratória do
Vaticano para dominar o mundo. Talvez eles não saibam que os grupos
pró-aborto e os grupos pró-homossexualismo — que se apoiam mutuamente em suas
lutas e reivindicações — estão tirando vantagem da vacilação e ignorância de
líderes evangélicos incapazes de perceber que estão diante das maiores batalhas
éticas já travadas no mundo moderno.
É possível notar o que está lhes
faltando: discernimento espiritual. Em 2002 o então bispo Rodrigues,
deputado federal e um dos fundadores da Igreja Universal, garantiu que era tudo
boato sem fundamento a preocupação dos evangélicos de que se Lula ganhasse as
eleições seu governo se envolveria em questões homossexuais.[18] Lula
acabou se tornando presidente, com a ajuda de evangélicos como Rodrigues, e
hoje o Brasil encontra-se na vergonhosa posição de líder mundial na defesa do
homossexualismo na ONU.[19] Vale a pena confiar em líderes evangélicos
desse tipo?
O Deus Eterno diz: “Eu
amaldiçoarei aquele que se afasta de mim, que confia nos outros, que confia na
força de fracos seres humanos”. (Jeremias 17:5 BLH)
Assim diz o SENHOR: “Maldito é
o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas
cujo coração se afasta do SENHOR”. (Jeremias 17:5 NVI)
A atitude correta é confiar no Senhor
Jesus Cristo e praticar tudo o que ele já declarou e explicou em Sua Palavra.
Mas para quem sente que precisa confiar também em fontes humanas, há uma
pergunta importante. O que é mais impróprio: apoiar a posição dos imperfeitos
católicos sobre aborto e homossexualismo ou apoiar a estranha posição de certos
“perfeitos” líderes evangélicos nessas questões? Felizmente, Deus não nos
dá somente fé, mas também bom senso e discernimento, a fim de que saibamos
avaliar tudo e reconhecer o que é bom, seja de um evangélico ou católico.
Por que não apoiar as
posições certas?
É irônico o que está acontecendo. Em
sua preocupação e obsessão anticatólica alguns pensam que adotando uma posição
bíblica forte contra o aborto ou homossexualismo correm o risco de colaborar
com supostas tramas da Igreja Católica. O que eles não enxergam é que sua
posição menos firme nessas questões está ajudando, de modo concreto, grupos que
realmente têm uma estratégia conspiratória. Esses grupos já estão colocando em
prática sua estratégia e alcançando grandes avanços em seus esforços para
promover na sociedade maior abertura para o aborto e o homossexualismo. Jesus
disse sobre situações desse tipo:
“Guias cegos! Coam um
mosquito, mas engolem um camelo!” (Mateus 23:24 BLH)
O Papa João Paulo 2 pode não
enxergar muitas das verdades bíblicas que muitos evangélicos enxergam muito
bem. No entanto, ele tem enxergado algumas realidades que alguns evangélicos
estão rejeitando por puro preconceito anticatólico. O papa atual tem, como
ninguém em toda a Cristandade, falado claramente sobre questões éticas
importantes. Apesar de tudo nele com que não concordamos, ele tem sido uma
voz correta nas opiniões cristãs contra o homossexualismo e aborto. Ele está
falando o que nós evangélicos deveríamos estar falando publicamente. Embora não
aceitemos alguns dogmas do catolicismo, não dá para discordar quando o papa diz
que o homossexualismo é pecado, sabendo muito bem que os meios de comunicação
não perdoam a ninguém — nem mesmo ao papa — o pecado mortal da “homofobia”.
Algum tempo atrás, ativistas gays europeus tentaram levar esse homem a um
tribunal internacional unicamente por causa de sua afirmação de que a Bíblia
condena o homossexualismo! Recentemente, quando o Vaticano publicou um
documento contra o casamento gay, militantes homossexuais ameaçaram levar à
justiça as livrarias que ousassem colocar esse documento à venda.
Até agora, nenhuma denominação
evangélica publicou, em documento, uma posição pública contra o
homossexualismo, o casamento gay, a adoção de crianças por casais gays,
projetos políticos a favor do homossexualismo, etc. Pelo contrário, já há casos
de pastores casando gays e até pastores e bispos evangélicos que estão
assumindo publicamente sua homossexualidade e casando com gays!
Portanto, não há motivo algum para
hostilizarmos as medidas éticas dos católicos que estão de acordo com os
princípios bíblicos. Compreendendo os graves riscos que os grupos pró-aborto e
pró-homossexualismo representam para a sociedade, alguns líderes evangélicos
estão demonstrando muito bom senso e, em vez de darem espaço para improdutivos
preconceitos anticatólicos, estão apoiando as posições católicas que favorecem
a ética cristã. O evangelista internacional Billy Graham declarou sobre o papa
atual, que é considerado o maior opositor cristão ao homossexualismo e o aborto:
Ele ficará na
história como o maior Papa moderno. Ele tem sido uma forte consciência do mundo
cristão inteiro. [20]
O Dr. James Dobson, conhecido psicólogo
evangélico e autor de muitos livros (inclusive Ouse Disciplinar,
publicado pela Editora Vida), comenta sobre seu relacionamento com católicos
sinceros que lutam pelo que é bom:
Em assuntos de
família, temos mais pontos de acordo do que desacordo, e com relação a questões
morais envolvendo aborto, sexo antes do casamento, a ideologia do “sexo seguro”
e homossexualismo, sinto mais afinidade com os católicos do que com alguns de
meus irmãos e irmãs evangélicos. [21]
Não existe um campo neutro na questão
ética do aborto e homossexualismo. Billy Graham e James Dobson não estão
abandonando suas convicções bíblicas essenciais quando apoiam católicos que
demonstram um posicionamento ético correto. Contudo, os evangélicos que estão
seguindo as disposições de grupos pró-aborto ou pró-homossexualismo podem estar
comprometendo seriamente não só seu testemunho diante do mundo, mas também sua
posição diante de Jesus Cristo.
Ajudando,
conscientemente ou não, os grupos pró-aborto
Ao tratar a questão do aborto de um
modo secular a Igreja Universal apenas facilita a ação dos grupos feministas
defensores do aborto. Usando de meias-verdades e eufemismos essas organizações
procuram passar a ideia de que o aborto legalizado é seguro.
Quando essas organizações se referem a
‘aborto seguro’ não dizem toda a verdade: o aborto nunca é seguro para a
criança em gestação. Por outro lado, nos países onde o aborto foi legalizado
muitas mulheres têm seus úteros perfurados, têm como consequências infecções e
há muitos casos registrados de mulheres que morrem nas mãos de médicos, segundo
depoimento do Dr. Bernard Nathanson no documentário O Grito Silencioso.
Não será legalizando o aborto que vai
se acabar com o aborto clandestino e nem com a morte de gestantes e seus
filhos. Nos países em que o aborto foi legalizado continuam os abortos
clandestinos por vários motivos: gravidez resultante de adultérios, gestantes
adolescentes que desejam esconder a gravidez e o aborto de seus pais, etc.
Infelizmente, até mesmo um conhecido
bispo da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra entrou no debate do aborto,
seguindo os passos dos líderes da Igreja Universal. Ele está apoiando o aborto
nos “casos previstos no código penal”, que incluem os bebês concebidos no
injusto ato de um estupro. Sua posição foi devidamente registrada num site do
governo Lula, que declarou:
Para o bispo da Sara
Nossa Terra, Robson Rodovalho, o aborto é aceitável nos casos previstos no
código penal e para a má formação fetal, mas desde que o bebê ainda não esteja desenvolvido.
[22]
Há esperança
Será que Jesus ofereceria morte para um
bebê concebido no injusto ato de um estupro? O que ele tem a ver com
morte, destruição e aborto? Se ele não os apoia, então por que alguns de seus
seguidores estão apoiando?
É difícil comentar todo esse impensado
apoio evangélico diante do altar sacrificial do aborto, principalmente quando
vem de líderes que têm a responsabilidade de representar, em seu testemunho
diante do mundo, Aquele que veio para trazer vida em abundância. Ser a favor
apenas de alguns tipos de destruição não é tão ruim quanto apoiar todos os
tipos de destruição, mas ainda assim é fazer uma “pequena” concessão para
aquele que veio para matar, roubar e destruir. Afinal, aborto sempre foi e
sempre será a morte e destruição de uma vida inocente. Para entender melhor a
questão do aborto, principalmente nos casos de gravidez resultantes de estupro,
recomendo meu artigo Aborto: Tragédia ou Direito.
Além disso, é preciso lembrar que todo
ser humano, independente de idade ou deficiência física, possui não só um
corpo, mas também um espírito criado de acordo com a semelhança de Deus. Assim,
Jesus espera de nós muito mais do que só preocupação e oração em favor da vida
humana inocente que se encontra ameaçada. Ele também espera algum tipo de ação.
“Procure salvar quem
está sendo arrastado para a morte. Você pode dizer que o problema não é
seu, mas Deus conhece o seu coração e sabe os seus motivos. Ele pagará de
acordo com o que cada um fizer”. (Provérbios 24:11-12 BLH)
Mesmo diante de uma imprensa ardilosa
pronta para aplaudir tudo o que é a favor do aborto e do homossexualismo e
pronta para tratar com desprezo toda opinião contrária, há líderes evangélicos
se levantando, dispostos a não falhar em seu testemunho em favor dAquele que
veio para trazer vida, não morte, ao mundo. O Dep. Milton Cardias, que é pastor
evangélico, denunciou as graves irregularidades e pressões envolvidas nos
esforços de certos grupos, instituições e indivíduos para aprovar o aborto,
utilizando-se dos casos de bebês com anencefalia — casos que, juntamente com as
situações de bebês concebidos durante um injusto ato de estupro, podem se
tornar fendas e rachaduras na grande represa de derramamento de sangue inocente
do aborto. Ele destacou como a legalização do aborto é do interesse da Marta Suplicy,
militante do PT que tem um projeto de lei nesse sentido no Congresso Nacional.
O Dep. Cardias, em discurso no Congresso, declarou corajosamente sobre a
questão do aborto de bebês anencefálicos:
Tenho como convicção
pessoal, de fé, regra e conduta, como Ministro do Evangelho, que o único que
pode dar e tirar a vida é o próprio criador, que é Deus, nosso Senhor. [23]
Como evangélico, é preferível se
colocar ao lado da posição cristã do Dep. Cardias do que se alinhar com gente
como a Marta Suplicy, conhecida apoiadora das reivindicações mais radicais da
militância gay.
Por causa de Jesus Cristo, somos
otimistas, crendo que quem é de Cristo sabe seguir seu Mestre em todas as
questões, mesmo envolvendo aborto e homossexualismo. Quanto aos que mudaram de
posição, Jesus nunca deixa de lhes dar oportunidades. Com a ajuda de nossas
orações e a preciosa misericórdia de Deus, mais cedo ou mais tarde eles poderão
acordar e aproveitar essas oportunidades. Jesus diz:
“Lembra-te, pois, de
onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não,
venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2:5 RA)
“Eu repreendo e
castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à
porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa
e com ele cearei, e ele, comigo. Ao que vencer, lhe concederei que se assente
comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu
trono. Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”. (Apocalipse 3:19-22 RC)
Qual Sua Opinião a respeito?
© Copyright 2004 Júlio
Severo. Proibida a reprodução deste artigo sem a autorização expressa de seu
autor. Júlio Severo é autor do livro O Movimento Homossexual, publicado
pela Editora Betânia. Para mais informações: www.juliosevero.com
Notas finais:
[1] Jornal da Câmara.
Brasília, 11 de agosto de 2004, pág. 5.
[2] Folha Universal, 18 de
julho de 2004, pág. 8A.
[3] J. C. Willke, Assisted Suicide &
Euthanasia (Hayes Publishing Co.: Cincinnati-EUA, 1998),
p. 6.
[4] Dr. & Mrs. J. C. Willke, Abortion:
Questions & Answers (Hayes Publishing Company, Inc.:
Cincinnati-EUA, 1990), p. 193.
[5] Citado
em Dr. Paul Marx, And Now… Euthanasia (Human Life International: Washington, D.C.,
EUA, 1985), p. 70.
[6] Dr. & Mrs. J. C. Willke, Abortion:
Questions & Answers (Hayes Publishing Company, Inc.:
Cincinnati-EUA, 1990), p. 229.
[7] Os
especialistas envolvidos no programa de eutanásia eram tão importantes e
famosos que até hoje seus nomes são mencionados na literatura psiquiátrica,
médica e jurídica internacional. Ver J. C.
Willke, Assisted Suicide & Euthanasia (Hayes Publishing
Co.: Cincinnati-EUA, 1998), p. 37.
[8] J. C. Willke, Assisted Suicide &
Euthanasia (Hayes Publishing Co.: Cincinnati-EUA, 1998),
p. 47.
[9] J. C. Willke, Assisted Suicide &
Euthanasia (Hayes Publishing Co.: Cincinnati-EUA, 1998),
pp. 8,9.
[10] Dr. & Mrs. J. C. Willke, Abortion:
Questions & Answers (Hayes Publishing Company, Inc.:
Cincinnati-EUA, 1990), p. 193.
[11] J. C. Willke, Assisted Suicide &
Euthanasia (Hayes Publishing Co.: Cincinnati-EUA, 1998),
p. 10.
[12] Informações abundantes desse fato
são encontradas no livro O Segredo de Hitler, publicado
em 2001 pela Editora Objetiva, escrito pelo historiador alemão Lothar
Machtan.
[14] Tibuna Universal, nº 19, 1993,
pág. 2.
[15] Folha Universal, 31 de
março de 1996, pág. 3.
[16] Folha Universal, 7 de
setembro de 1997, pág. 2A.
[17]
http://www.rhemanet.com.br/sites/caiofabio/Artigos/art_textos/artigos.textos.asp?id=1992&tp=32
[23] Discurso no Congresso Nacional
manifestando posição contrária à liminar concedida pelo STF aprovando abortos
em casos de anomalia fetal – Pr. Milton Cardias – Dep. Fed. PTB/RS
– 11 de agosto de 2004.
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